sexta-feira, 13 de junho de 2014

Orisa Oguera.





ORIXÁ OGUÈRÁ

Houve no igbò (Floresta Africana) uma grande revolução, povos Bantus que primeiro aprenderam a arte da agricultura invadiram território ketú, derrubando árvores perenes com total estrutura para vida eterna, para plantarem e também extrairem o minério para confecção de materiais em ferro.
Após inúmeras guerras e lutas e consequentemente muitos óbitos, Eledunmare convoca Alákétú e desi...gna este a reorganizar a vida na relva, caso contrário esta viraria uma Savana, onde os Orixás já não mais poderiam congregar-se como era de costume e principalmente o Povo Igbò, ou seja os habitantes do interior das florestas ficariam prejudicados!
Alákétú de pronto cumpriu com a ordem de Eledunmaré prosseguiu ao Aiyé, aqui chegando convocou os seguintes Orixás: Osàníyn, Ogué, Ogá, Agué, Aròlé, Otín, Agana, Aròní, Áàjá, Okòríkòtò, Elékún, Iròkò, Iyámi e Opaoká.
Após dias em convenção no interior do Igbò, eles não chegaram a uma solução, eis que Alákétú retorna a Eledunmarè e este determina que Agbonírègun através do Oráculo visse as determinações, o qual sentencia que a Floresta Africana submergisse para a sua defesa e perpetuação sagrada dos seus habitantes hábitos e costumes, e em unanimidade fôra aprovada a decisão de Orunmilá!
Surgindo assim o Agbò Odé que nada mais é a ‘Floresta Africana’ “submersa”, e o guardião dela que denomina-se ‘Orisá Oguèrá’ que nada mais é que a junção de 4 espíritos da florestas ‘Ogué,Ogá,Agué e Osàníyn’, este foram apontados como os guardiães da Floresta, onde estranhos não deverá adentrar sem a devida permissão sagrada dos ritos, e caso burlem as regras sagradas são penalizados de diversas formas, como cegueira, amputação dos membros superiores e inferiores, mordias e picadas de animais diversos.
Hoje em dia vemos muitos Savanas em territórios que em outrora foram lindas Selvas, porém habitam estas savanas animais selvagens que em vingança aos invasores os devoram sem pena e em total crueldade, represália ao mal causado aos habitantes das Selvas africanas.
Ficou também instituído o rito do "Igbóitá" apelidados por alguns de'Boitá' por tratar-se do culto ao "Orimalú" 'Cabeça do Boi" que além de outras funções específicas para o povo Igbó, tem a função de alimentar o 'Agbò Odé' com o seu rito específico !!!!!

quinta-feira, 5 de junho de 2014

As sete irmãs

Eram 7 irmãs,todas paridas por Iyá Olokum, as quais recebiam o nome de:
-Iyá Massé;
-Iyá Xabò;
-Iyá Salugá;
-Iyá Lossá;...
-Iyá Olojá;
-Iyá Kamaro;
-Iyá Mamá
Todas ligadas a suas genes e nascimento, a grande mãe dos oceanos Iyá Olokum. Certa vez, Sangó se vê furioso com Iyá Xabó, sua tia, irmã de Iyá Massé, pois a mesma havia mandado Iyá Olojá a tomar as chaves da casa, e expulsá-lo da casa em que viviam. Motivada por Iyá Massé que não aceitava que seu filho vivesse maritalmente com a própria tia Olojá, um dia chegando de uma batalha, Sangó solicita a Olojá que desfisesse suas bagagens,espertamente Olojá enrola em seus laços os edun aráś de Sangó juntamente com seus xeres, quando Sangó ordena que ponha a mesa para refeição,ela responde altivamente que nada mais faria em pol de servi-lo e que daquele momento em diante ele procurasse outra esposa para servi-lo e também uma nova moradia,pois daquele momento em diante ela assumia a liderança da casa que era de ambos porem administrada por Sangó. Numa tentativa de reação violenta de Sangó, Olojá saca de seus laços os 3 edun arás e lança sobre o rei causando-lhe espanto e medo, Sangó então não via outra saída ao não ser seguir seu caminho. Porém com sua personalidade machista e orgulho ferido ele consulta Agboniregum que de imediato relata a intromissão de sua mãe Iyá Massé na questão vivida Sangó então promete vingança contra o reino de Olokum, sua avó, e lançou por 7 dias edun ara contra todas elas, causando desta forma a segregação das Iyás acima citadas.
Foi quando então cada uma delas dispersas pela força e poder dos coriscos passaram a assumir um reino, ficando Olokum com as profundezas dos oceanos logineos confinada a um habitat turvo e escuro fora das vistas do ser humano.
iyá Massé envergonhada recolhe todos os edun arás e arruma em sua casa dentro da água sempre para resfriar a ira e vingança do filho revoltado. Logo habitando Iyá Massé nas caixas e receptáculos encontrados no fundo do mar.
iyá Xabó condenada a viver no etério e na utopia sugando sempre os sonhos dos seres para tentar retomar seu poder de ação sem sucesso.
iyá Salugá sobre a superfície das ondas simbolizada pela espuma brilhante que cega os que tentam atentar o reino de Iyá Olokum.
iyá Olossá assume as águas paradas, pântanos e lagoas inespressivas e sem grandes objetivos, a comedora de crocodilos.
iyá Olojá confinada entreos inúmeros laços funfuns que os envolve.
iyá Kamarô vivendo nos recifes amargantes e ressentida.
Iyá Mamá morando no Igbo com Osaniyn.
Neste sentido,cada Iyá assumiu um reino, e nem todas moram no mar.
Asé!