Obasi! Obasiré! Obasésé.
O lado esquerdo (Osì) sempre esteve relacionado à mulher e por uma razão muito elementar, é o lado do coração.
Quando Obá é saudada como guardiã da esquerda (Obasi), isso quer dizer que é a guardiã de todas as mulheres, aquela que compreende os sentimentos do coração, pois Obá pensa com o coração, por isso dança sempre com a mão esquerda apontando para o lado esquerdo na altura da orelha, poder genitor feminino, rainha em África da sociedade Elecô, onde homem não entra para não seduzir as grandes amazonas de Oba.
Obasésé também é o seu título, pois é responsável pelo culto a ancestralidade feminina, também camada de IYAMI pela sociedade Elokan Géledé, ou simplesmente Elekó que não cultua a ancestralidade masculina, deixando esta função para Xango.
Estes dois Orixás são os responsáveis pelo culto do Asésé (AXEXE). Obá é um ORIXÁ que raramente se manifesta, principalmente no sexo masculino, onde a iniciação para este Orixá ainda é rodeado de mistérios e tabus, muitos sacerdotes temem cultua-la e erroneamente deixam de iniciar um filho para esta misteriosa Iyabá, com uma simples e infundada desculpa – “Obá não pode manifestar em cabeça masculina”. Confundindo a expressão "Oba não cultua a ancestralidade masculina".
Oba também é saudada como Obasire, pois a roda do candomblé que é formada e denominada de sire "Xirê" lhe pertence e serve para organizar o culto entre os Orixás mais novos e os mais velhos, assim também como a rígida hierarquia dos membros de um Terreiro de Axé.
Em respeito a criação do Sirê, todo o Povo de Santo e até mesmo os Orixás, dançam no sentido anti-horário, oferecendo o seu lado esquerdo "lado do coração" ao OpóAxé, "mastro central do terreiro, homenageando nossa grande Mãe Ayabá Obasire.