quarta-feira, 30 de julho de 2025

malícia

A Magia do Apejé (folha do esquecimento) também chamada de dormideira, sensitiva, malícia, maria-fecha-a-porta, etc...

Erva atribuída a Exu, Oyá, Iyewá e Oxun, a depender do nome com que se invoca e a finalidade do trabalho

Usada para amor, para vencer demandas, provocar transe mediúnico ou esquecer uma pessoa.

Aqui vai uma de suas utilidades:

Para esquecer uma pessoa:

Material:

Uma cuia de cabaça, ou de cuieiro um um alguidar de barro.
Bastante folhas de sentiva, somente as folhas. Ter cuidado que ela possui muitos espinhos
Água de rio, ou de poço ou, em último caso, água mineral
17 vezes o nome da pessoa em tiras de papel

Tome um banho de sabão de côco 
Se vista de roupa clara
Acenda uma vela para seu anjo de guarda, num lugar alto e com um copo d’água ao lado
Se sente no chão 
Peça a ajuda de Oyá 
Vá amassando a folha na água com 17 tiras de papel com o nome de quem você quer esquecer

Recite o seguinte

Fulano
O vento te trouxe
O vento te leva
O vento te leva para as águas do mar
Onde as sete pancadas da ventania,
As sete pancadas das ondas
As sete badaladas das sete horas
Estão a fazer teu juízo tremer
E você de Fulano esquecer
O vento se foi
Ficou a calmaria
Pai Nosso 
Ave Maria 
Não lembro da minha agonia

Salve Iyansã
Salve os mistérios do mar
Toma lá, não trás cá 

Amém 

(*) fora a pessoa que está querendo esquecer, ou que alguém a esqueça, só quem pode fazer esse trabalho por ela é a mãe. Não compre carma alheio.

quarta-feira, 16 de julho de 2025

Agué

Da página, Ìkóòdídé

Agué é o vòdún relacionado as matas e a tudo que nela existe. É assimilado ao orixá Ossaim dos yorubás porém, ao contrário dessa divindade, Agué está ligado ao nosso cotidiano, sendo um vòdún responsável pela alimentação, caça e cultivo das plantas. O correto ao comparar Águé com algum orixá seria, dizer que Agué une o poder de Ossaim com a responsabilidade de Oxóssi. Ele é responsável pela fauna e flora e, é cultuado após Gun (Ogun) nos dias de festa. Agué é o senhor de todas as folhas, estando atribuído a ele, o domínio das mesmas e seu cultivo, desde o arar da terra, o adubo e o plantio. Usa Arco e flecha assim como Oxóssi dos yorubas, sendo um grande caçador e, dentro da cultura jeje, o responsável pelo alimento de cada dia. Todas as sementes, folhas, caules, raízes, flores, etc, pretencem a Agué, sendo ele o guardião de toda a flora. Tem domínio também sobre todos os animais da floresta, aqueles que vivem e se alimentam na mesma, sendo responsável pela proteção desses animais, combatendo a caça ilegal e quem os maltrata juntamente com Àgàngà Òtòlú. É filho de Nanã e, com ela aprendeu o domínio sobre os mortos, tendo muita ligação com íkú e seus mistérios. Conhecedor de alta magia, Agué não teme íkú nem as terríveis íyámí òsóròngá, possuindo extremos laços com ambas energias. Águé ensinou para todos os seres humanos como cultivar as plantas e principalmente como utilizar as ervas medicinais. Para os mais velhos, Agué é o único vòdún que realmente é cultuado dentro do templo, sendo os demais cultuados em átínsás – as árvores sagradas. Não se inicia ninguém sem a interceção de Águé. Todas as ervas são de seu domínio mas, em particular, o Pèlègún simboliza a força desse vòdún, usando-o para controlar ou afastar os ègúns, sendo este um de seus mais preciosos átínsás. Pertence a família da terra e com certeza é o vòdún que melhor representa o poder de Àíkúgúmàn (terra), deixando bem claro a importancia da terra para a existência de todo ser vivo. Águé é a liturgia, a ancestralidade, a sabedoria, a herança e a hierarquia. É responsável pelo passar da cultura de pais para filhos, mantendo bem viva as lendas e o culto dos vòdúns, como toda tradição africana em geral. Muito coligado à seu irmão Íròkò ou Lòkò e a Sákpátá. Seu dia da semana é a terça ou quinta-feira, sua cor o branco mesclado com o verde e também o amarelo, seu elemento a terra e o ar e sua saudação Áhò gbò gbòy Águé ou Águé beno beno.

Djeje Mahin
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