sexta-feira, 18 de setembro de 2015

os 12 reinos da jurema sagrada.

                                           os 12 reinos da jurema sagrada.


1º REINO: REINO DO JUREMÁ_ Composto pelas Cidades: Juremá, Cidade Campos Verdes e Cidade Estrela D'Alva. Este Reino pertence aos primeiros catimbozeiros, os que iniciaram o culto de Jurema. Faz parte deste Reino os Caiporas, Curipiras, Mestres Curandeiros, Casamenteiros e Mestras Parteiras. Praticam magia imitativa e simpática. Há muitos Caboclos com poucas características de índios mas q entendem muito de remédios do mato. Este Reino é governado por Tupã que na mesa é chamado de Rei Tanaruê. Não acosta pq é como se fosse o nome de Deus chamado pelos índios. Toda a falange de Tupínambá vem através deste Reino. Os Mestres Inácio de Oliveira, Roldão de Oliveira e Maria do Acais são os que estão a frente das cidades. Este Reino tem a função de melhorar a vida das pessoas trazendo prosperidade, inteligência e despertar a ciência dos discípulos. Na árvore da Jurema este reino está na semente.




2º REINO – REINO DO VAJUCÁ

Dizem os antigos que este Reino fica na direção norte de quem está no RN ou na PB e quem tem a Ciência da vidência vê no céu quando o dia começa a nascer e isto somente por alguns segundos. Este é um Reino de Muitos Mestres que viveram no RN e redondezas. Há muitos Caboclos e Pretos-velhos, neste Reino. Diz-se que o Vajucá está divido em duas partes: Uma tomada por florestas e com muitas tribos de índios "brabos" e a outra metade é constituida por caatinga. Ester Reino está sob a direção de Rei Heron que é o Rei dono de todas as doenças e se apresenta com um grande chapéu de palha adornado com uma "franja" de agave desfiada indo até quase a cintura. O Reino do Vajucá é constituídos por Mestres que trabalham com plantas e a própria terra. Sabem fazer remédios com argila e ervas torradas sendo também exímios preparadores de misturas para cachimbo, usadas em diversos atendimentos espirituais. Mestres Carlos, João da Mata e Mestra Fuastina são os representantes das Cidades deste Reino. As Cidades são: Aldeia Vajucá, Aldeia Mata Virgem e Aldeia Arruda



3º REINO ANGICO

Angico além de ser o nome deste reinado, tambem ´´e o nome de uma árvore muito importante em nosso culto que leva o mesmo nome deste reino. Este reinado traz o poder da proteção, do fechar do corpo e do espirito para os males do mundo. Neste local, vários espíritos que se destacaram pela manipulação dos poderes encandados das águas e de feitiços ligados a alma feminina; tais como Mestra Aninha, Mestra Joana Pé de Chita, Sibamba e etc ...





4ºREINO TANEMA

É interessante falar sobre este reino corrigindo a pronuncia que algumas pessoas ao falar ou cantar sobre este reinado, errôneamente o chamam de PANEMA. Panema é um mal súbto, uma doença parecida com o BANZO dos negros, um tipo de depressão causada por encantamento com o objetivo de fazer o atingido definhar.
Tanema é um reino de transformação e equilíbrio; um reino onde as coisas e pessoas passam e se trasmutam, um reino de renovação ... Neste reinado encontraremos muitos CURANDEIROS, CIGANOS, PAJÉS e outros entes que trabalham e cuidam de ervas e animais




5º REINO DO TIGRE

Neste Local estão alocados os índios que foram massacrados, os feiticeiros que foram condenados e torturados por serem bruxos, magos negros, kabalistas e etc ... Este é o reino da guerra e do conflito, dele é que tiramos a FORÇA para os trabalhos de "fumaça as esquerdas", que são rituais onde evocamos o PODER DE ANIQUILAÇÃO impregnado neste reino para diluirmos cituações indigestas ou aparentemente intransponíveis em nossa vida







6º REINO DO BOM FLORAR

Parecido com o Reino de Tanema, onde estão se transformando as energias; O Reino do Bom Florar é um local onde já estão estabelecidos os vículos eco-existenciais com os seres animais, vegetais e humanos ... morada dos antigos pajés e de Mestres raizeiros; Este reino é repleto de entes iluminados ... a maioria dos mestres que trabalham ligados a este lugar, se dedicam a trabalhar em magias curativas




7º REINO URUBA

Este Reino é um marco da influencia da cultura negra dentro do Culto da Jurema Sagrada. Este reino é o meu favorito, pois tenho uma grande ligação espiritual com ele .... Neste lugar encontraremos vários Quilombos mistos de negros, índios e brancos foragidos ... Nas terras deste reino estão estabelecidos muitos VODUNS e PRETOS VELHOS, além do predomínio de negros de orígem efon (DJEDJE)







8º REINO DAS 7 COVAS DE SALOMÃO

Neste lugar esta o berço da ciência profética e mistica da Jurema. Nele morão os espíritos que são pilares das ciencias ocultas e por ele passam povos de mistério para buscar SABEDORIA para suas jornadas, dentre eles O POVO CIGANO entre outros.
É um reino de muitos mistérios, onde se trabalham com ladainhas, em silêncio ou cantando ... Sua localização muda de 12 em 12 horas; por tanto só catimbozeiros de muita ciencia conseguem contato para trabalhar com os mestres e as energias deste lugar bendito




9º REINO DO RIO VERDE

Este reino é uma ilha de matas densas e virgens; pois na verdade suas cidades encantadas estão debaixo das águas.

Reino onde é soberano o poderio feminino e de morada de encantados como botos, marinheiros, caravelas, sereias, ondinas e etc.

O Reino do Rio Verde é composto por 3 Aldeias que são:

· Aldeia do Rio Verde,

· Aldeia do Riacho Bonito

· Aldeia das Ondinas.

Apesar dessas aldeias serem submersas existe uma ilha no meio do Reino cheia de muitos rios e floresta onde muitos índios e caboclos vão buscar força e ciência.

Caboclo Rio Verde, Caboclo Rio Negro, Caboclo Maresia ( Rio Mar ) e tantos outros são oriundos daí.

Esse reino é o que purifica as almas e é representado por uma pena por ser de sabedoria e evolução.

O Renio do Rio Verde não tem Rei, tem Rainha que se chama: Rainha Aurora, mãe da princesinha Flora, do Príncipe Rio Verde, do príncipe Boço Jara, Do Príncipe Rio Negro e do Príncipe Maresia.

Rainha Aurora se casou com o Príncipe Fleximar e teve com ela dois rios (Verde e Negro) que eram gêmeos e acabaram por ordem do Rei Tanaruê gerando o príncipe solimões, com uma cuia mágica dada por Tanaruê.

Maresia é um encantado filho de um branco com a rainha Aurora e Boço Jara é filho do Rei da Turquia.

O Príncipe Rio Negro se encanta num pé de Taioba roxo e o Rio Verde num Irapuru.

Água Clara é uma das 12 meninas da saia verde é também outro nome como é conhecido o Reino do Rio Verde.

A ciência de consagração de Aninha do Agiró vem daí.

Quando O Príncipe Rio Verde vem como um Caboclo muitas vezes da o nome de Caboclo Lírio.





10º REINO DO ACAES

Este é o marco do Reinado dos Mestres na terra, lugar onde se iniciou e se ASSENTOU AS ALIANÇAS COM OS ENCANTES, para se firmar o contato, o conhecimento e o intercâmbio com os Reinados da Jurema. Morada e portão de passagem para os Mestres mais importantes dos primórdios dos cultos da Jurema no Nordeste que são Mestre Manoel Cadete, Mestre Machado Bravo, Mestre José Phelintra e etc




11ºREINO DE CANINDÉ

Este é um Reinado muito importante e ha quem diga que é por ele que encontramos as explicações e os motivos de existirem os sacrifícios de animais para a Jurema ... Local onde ha a unificação das várias etnias de índios em um só local vivendo em sua harmonia cultural, com suas pajelanças e mitos. Neste reinado como o próprio nome diz quem rege é o REI CANIDÉ o filho de Tupã, Senhor das festas, bebidas e da guerra

12º REINO DE TRONOS

O ultimo e mais misteriosos dos reinos. Nele se encontram os Reinados, Tronos e potestades do mundo espiritual... Local onde vivem e trabalham os ANJOS ( de todas as espécies). Neste reinado trabalham-se com o PODER DIVINO através de uma outra forma mais sútil da magia; o que para os esotéricos seria onde se guardam os DOGMAS DA ALTA MAGIA. Trocando em miúdos este reinado é fonte de PURIFICAÇÃO da espiritualidade do Culto da Jurema Sagrada.
 obs essa ciência é pertencente a irmandade reino do vajuca, uma irmandade formada no bairro do alecrim em Natal rio grande do norte no ano de 1977 na pessoa do mestre jaguar que era discípulo de Severino estevão ( pai domingos) que por sua vez era afilhado de Geraldo guedes, na qual me orgulho imensamente de fazer parte dessa ciência!







sexta-feira, 21 de agosto de 2015

OLOROKE O REI DE EFON.

OLOROKE O REI DE EFON
Maria Violão (Iya Adebolú) e Tio Firmo (Baba Irufá) nos deixaram uma boa herança...
No ano de 1856 era fundada a nação Efon no Brasil pelo... casal de africanos citados acima, e o "Asé Yangba Oloroke ti Efon" foi o berço da nação, cujo o patrono e OLOROKE, o Orisa de Mãe Maria Violão, o senhor das montanhas.
Oloroke é representando pelo leão da montanha (Ekun Oke), pela árvore Baobá (Iggi Ose), pela lava e obviamente pelas montanhas.
Seu culto vem da região Lokiti Efon, Nigéria.
Se conta que os Deuses desceram a primeira vez sobre a terra graças a Oloroke que fez a terra se elevar acima das águas de Yeye Olokun formando um grande monte/vulcão por onde os deuses passaram.
Oloroke é sim o Rei de Efon e sua filha é a Rainha Osun, Deusa das águas doces .
O rosto de Oloroke esta sempre coberto, ele é um justiceiro e por isso evita ver as pessoas ja que se ve-las ele ira castiga-las por seus pecados.
Uma Lenda:
No princípio Olokun reinava só no mundo. Mas Olofin estava triste aborrecido com isso, faltava-lhe algo.
Foi então que Oroiná com a força que lhe deu Olodumaré, fez surgir a primeira colina do fundo do mar.
Assim foi como nasceu Orisa Oke.
Olodumare reuniu os demais Orisa em Oloroke e mostrou a cada um o seu domínio. Sem Oke ninguém poderia ter feito nada e por isso sempre há que se lembrar dele e fazer-lhe sacrifícios.
A yi(a)ra oke
Oloroke Oloroke
(Nosso povo esta na montanha
Oloroke, Senhor que recebe suas oferendas na montanha)
Epi Imole!
Da casa de Oloroke saíram grandes nomes tais como:
Mãe Milu
Paulo de Sango
Matilde de Jagun (Baba Oluwa)
Cristóvão de Ogun (Ogun Anauegi)
Celina de Iemonjá
Crispina de Ogun
Waldomiro de Xangô (Pai Baiano, Orunkó Obálokitiassi)
Noélia de Osun
Ya Ada de Omolu (Sacerdotisa da nação no estado de São Paulo no Ile Oluaye Omode Okorin Efan)
Baba Rosivaldo de Osumare
Paulo do Efon ( Asé Oloroke Oba Orun Olosunta, Bauru - São Paulo)
Obviamente houveram muitos iniciados na casa de Oloroke, e deste Ase nasceram muitos outros.
OLOROKE NÃO É GRANDE
OLOROKE É IMENSO
Saudação a todos os frutos desta Raiz!
AWURE!

ORISA OTIM IRMÃ DE OLOOGUNEDE.

OTÌN BÒRÒ ODE!!! (Otin venha ajudar Odé)
Ayabá Otin:
* Porque é tão rara
*Irmã de Logun...
*Filha de Erinlé
*Esposa de Oxóssi
*Características dos filhos

Erinlé gerou um filho com Ipondá, chamado Logun'Edé.
Apos isso Erinle se casou com Abatan (Ayabá do Pântano) e com ela gerou Otin.
Na mata Otin conheceu meio irmão de seu pai, Oxóssi.
Otin se casou com Oxóssi (Odé de Ifé/Ketu) e com ele gerou um filho caçador, Odé Oti.
Otin é Orisa de Efon, se inicia sim em Homens e Mulheres. Não pega juntó, é a principal mulher Caçadora (Obirin Odé), sempre junto com os Odé's.
Otin é rara porque na maioria casas Ketu ela foi diminuída a "Qualidade de Osun", mas nas Efon e mesmo as de Ketu que buscam mais a fundo os rituais, Otin é Ayabá sim, se veste de Azul claro, rosa claro e verde claro, usa abebê, Ofá, lança, e um Obáirú (erukere com osso, duro, que é atribuído a pessoas da realeza), e ela usa um filá que cobre so metade da face.
Existe uma lenda que diz que Otin so pega a cabeça dos filhos mais amados, os que ela faz absoluta questão, pois ela tem o hábito de dar seus Omó para Oxóssi.
*Características dos Filhos de Otin:
São pessoas de facil convívio, não são revoltados com Nada, eles sempre pensam bem e fazem tudo com cautela. Sao inseguros no amor, sempre temendo perder a pessoa amada. São humildes, não exibem e não esbanjam Nada, gostam de uma vida comedida. No geral são magros e esguios, olhos marcantes. Não tem muitos amigos pois não gostam de muvuca, se concentram em poucas mais leais amizades. Não sentem inveja, preferem viver a propria vida do que se espelhar na dos outros. Muito raro Zeladores de Otin, ela não tem ambição por ser dona de Ilê, ela somente quer ser dona dos filhos.
Otin nasceu com três seios.
Por sua deficiência fisica ela possui um forte sentimento de inferioridade, mas isso deve ser combatido, ja que não ha nada que a diminua.
Otin tem dois talentos: caçar e cozinhar. Mas não gosta de Agricultura, não planta nada, ela colhe o que a natureza dá.
Responde nos Odú's Obará Meji, Eji Onilê e Osê Meji.
Saudação: Otíla!!! Oke Mambo Otin!!!
Divindades da caça que eles vivem nas florestas. Seus principais símbolos são o arco e flecha, chamado OFÁ. Em algumas lendas aparece como irmão de Ogum e de Bará. Vivem nas matas, caçando, por isso, protege os caçadores em suas expedições. É casado com Otim formando um casal inseparável, onde está um está o outro. Odé caça, mas fica com pena dos bichos e dá para sua mulher Otim.
Saudação: Oquebambo Dia da Semana: Sexta-feira, pois é o dia da Iemanjá, que é mãe de Odé, Número: 07 e seus múltiplos
Cor: Azul forte e branco para Odé e Azul forte e rosa para Otim
Guia: 01 conta azul, 01 conta branca, 01 conta azul para Odé 01 conta rosa, 01 conta azul, 01 conta rosa para Otim
Adjuntós: Odé com Otim ou Iemanjá Bocí (neste caso normalmente a Otim passará para a "passagem"). Otim com Odé
Ferramentas: Arco e flecha, funda, bodoque, moedas e búzios
Ave: Frango pintado(colorido) Odé e galinha pintada(colorida) para Otim Quatro pé: Casal de porco
CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS - Os filhos de Odé e Otim são reservados para sí próprios e gostam da solidão. São quietos, fechados e considerados de difícil convivência, são responsáveis e quando assumem responsabilidade procuram sempre cumprir. São dedicadas a casa e a família.
TRAÇOS POSITIVOS - Analítico, meticuloso, modesto, ordeiro como ninguém, discriminativo.
TRAÇOS NEGATIVOS - Minucioso ao extremo, preocupadíssimo, hipercrítico, anormalmente convencional, enfadonho.
CARATER - Extremamente prático, mas com tendência para os detalhes, sendo muito cuidadosos e prontos a ajudar os outros. Eles adoram os detalhes, muitas vezes são dominados por eles na busca da perfeição, com isto podem perder a visão do quadro geral, sua força motriz é servir.
A MENTE - Pode não ser da mais alta ordem intelectual, no mínimo porque lhe falta amplidão de visão, mas provavelmente é mais capaz do que qualquer outra pessoa para a assimilação analítica e detalhada dos fatos. Maravilhoso pesquisador, porém costumam sofrer inibições e restrições, características que vem à superfície na forma de uma tendência a serem nervosos ou altamente sensíveis.
RELACIONAMENTOS EMOCIONAIS - A associação a castidade é tão óbvia que pode tornar difíceis os relacionamentos. Nem sempre é fácil, quando apaixonado exprimir-se tão integral ou ardentemente quando realmente desejaria.

ORISA DANKO PAI BIOLOGICO DE OYA!

O PAI BIOLÓGICO DE IANSÃ ORISA DANKÓ
Babá Dankó foi agregado a qualidade de Oxalá mas ele não é Oxalá, na verdade ele é um Funfun que tem culto próprio.
Dankó é... irmão de Akafojiyan, sendo que Akafojiyan mora no Bambuzal branco e Dankó no Bambuzal amarelo.
Dankó é o senhor do Bambuzal dos Eguns, se conta que a porta para o mundo dos mortos é o centro do Bambuzal. Dankó é muito reverenciado no candomblé Efon por ter profundas relações com Oloke.
O culto de Dankó é bem expressivo, sempre vemos Bambuzais com grandes laços brancos em consagração a esta divindade.

Vamos ver 2 itans de Dankó e sua filha Oyá:
Itan 1
* Dankó abandona sua filha Oyá
Orisa Dankó era o dono do Bambuzal dos eguns, e la ele conheceu Anambukú e com ela teve um filho. Anambuku assim que pariu entregou a criança a Dankó, e lhe disse que ele deveria criar a criança. Dankó não pode sair do Bambuzal por muito tempo, pois ele controla os Eguns. Percebendo que ali era um local cheio de maus espíritos, ele percebeu que não era um bom lugar para criar sua filha. Dankó pegou a bebe pelo calcanhar e a arressou o mais longe que pode, e a criança caiu nas florestas de Ifé. Odé Odulecê encontrou o bebe na mata, e então adotou a menina como sua filha. Até os dias de Hoje Oya saúda Odé Odulecê como seu pai.
Itan 2
* Oyá é malvada com Dankó
Oya não gosta de Babá Dankó, ela foi criada por Odulecê e não perdoa ter sido abandonada quando criança. Se conta que um dia Baba Dankó passeava na praia quando percebeu que Oya estava ali nadando nos Corais. Dankó chamou Oya para comprimentar sua filha, mas ela o desprezou, tomou seu cajado e atirou no mar. Dankó ficou muito triste e chorou muito, até que Osun o ajudou a recuperar seu cajado. Um dia Dankó caiu e machucou a perna nas pedras afiadas dos rochedos, e então ele viu Oyá voando entre as nuvens e pediu socorro. Oya foi até ele e colocou dendê na ferida, depois foi embora e deixou Baba Dankó sofrendo no chão. Dankó gritou por Osun que o ajudou a curar a ferida na perna e o restaurou completamente.
Pode muito tempo passar mas Oya nunca esquece quem lhe fez mal, ela nunca perdoará Dankó pelo abandono.
Dankó e Oya comungam do Mesmo Asé mas não são próximos.
Dankó é Deidade e em teoria não roda em cabeça de Yawo, mas existem casos de iniciados no Brasil.
Asé.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

IROKO

Sobre o Orixá IROKO
Orixá Iroko ou Yroko pouco cultuado no candomblé, mais um orixá muito respeitado pelos africanos, sendo um santo que representa a ancestralidade.
Iroko representa o tempo. É a árvore primordial. A primeira dádiva da terra (Oduduwa) aos homens. Existe desde o princípio dos tempos e a tudo assistiu, a tudo resistiu e resistira. Mesmo assim é pouco cultuado no candomblé brasileiro.

Iroko é a essência da vida reprodutiva. Do poder da terra. Alguns mitos dizem que Iroko é o cajado de Oduduwa, a terra, que através dele ensina os homens o sentido da vida. É a permanência dentro da impermanência e impermanência na permanência. O ciclo vital que não muda com o transcorrer da eternidade. A infinita e generosa oferta que a natureza nos faz, desde que saibamos reverenciá-la e louva-la. É também conhecido nos candomblés como “Tempo”, embora seja uma designação própria do rito angola. Diz o mito que no princípio de tudo, a primeira árvore nascida foi Iroko. Ele era capaz de muita magia, tanto para o bem quanto para o mal, e se divertia atirando frutos aos pés das pessoas que passavam.

Quando não tinha o que fazer, brincava com as pedras que guardava nos ocos de seu tronco. Um dia, as mulheres de uma aldeia próxima ficaram todas estéreis, por ação das Iyami. Então elas foram a Iroko e pediram a fertilidade. Iroko, contudo, exigiu dádivas em troca, pois é preciso abrir espaço para receber dons, como é preciso perder as flores para receber frutos. As mulheres concordaram e prometeram muitos presentes. Uma delas, contudo, tendo como única riqueza seu filho, prometeu dar a Iroko esta criança. Quando engravidaram, as mulheres foram a Iroko e fizeram as oferendas. Menos a que prometera a criança, pois ela amava muito o filinho.

Iroko ficou muito zangado e aguardou o dia em que a criança brincava ao redor dele e a raptou. Quando a mãe foi buscar a criança, Iroko lembrou a mulher de sua promessa, ameaçando matar o outro filho que lhe dera, caso ela retirasse “sua” criança dali. Então a mulher, desesperada, procurou o babalaô, que jogando os búzios sugeriu que ela mandasse fazer um boneco de madeira com as feições de uma criança, banhasse com determinadas ervas e quando Iroko estivesse dormindo, substituísse o a criança pelo boneco. E assim ela fez. Até hoje se pode ver, nas gameleiras brancas o bebê de Iroko, repousando deitado em seus galhos. Em suas copas vivem também as Iyami Oshorongá, as ajés (feiticeiras) da floresta.


Mais sobre este Orixá:

Dia da semana: quinta-feira
Cores: verde/marrom
Símbolo: Grelha (representando as direções do tempo).
Número: 11
Comida: inhame e carneiro
Sobre IROKO e os fundamentos deste Orixá
O orixá Iroko ou Iroco tem como sua moradia a gameleira branca (representada por uma arvore ancestre). Um dos fundamentos deste Orixá é o seu a assentamento fica no pé desta árvore e após preparo ritual da raiz, seu tronco é enfeitado com um ÒJÁ FUNFUN ( pano BRANCO). Este Santo tem  relação com esta árvore é comum a várias divindades e exprime sua relação com seus antepassados (o culto aos Egum). 

Como Exú, Iroko carrega para longe os fluídos maléficos (espíritos ruins e todas as negatividades). Quando manifesta-se os fiéis jogam sobre ele os fluídos que querem se livrar e ele corre para fora do barracão para atirar no mato todo o mau. As vezes bebe tanto que cai no chão. 

Cobre-se então com um alá branco e , pouco depois, já recuperado ele ergue-se e volta a dançar. Dança de joelhos no chão e o BRAVUN, ritmo GEGE, como Oxumarê (Bessen). Veste cores fortes, vermelho, azul e verde, às vezes cinza ou marrom e branco e leva uma lança na mão como seus instrumento. Suas contas são verde musgo e riscadas de marrom. As vezes veste-se de palha como OMOLÚ (Obaluaiê). Sua incorporação é pouco vista , seus filhos giram tontos, cambaleando pelo barracão antes de caírem fulminados, logo levantam-se e põem-se a dançar. O culto dele resume-se no Brasil a Nação de Candomblé, no caso ele não tem culto na Umbanda.

O assentamento de Iroko é feito numa gamela oval, pega-se um pedaço do tronco da gameleira branca e faz-se uma pequena estátua de um negro africano com um IDÈ branco no nariz, na cabeça um colar de búzios e moedas. Na gamela põe-se uma corrente em volta , 6moedas e no meio da gamela uma seta e a estátua.

QUALIDADES de Iroko
 - GIROKOSSI
- LOKOSSI

SUAS FOLHAS
 - Milame, colônia, saião, Iriri, mãe boa, barba de velho, erva prata, crista de galo, noz moscada, abilzeiro, jaqueira e cajueiro. Quando se faz o Orixá, põe-se uma folha de saco-saco embaixo do pé do IYAÓ uma folha de saco-saco e na boca uma folha de assa-peixe.

SEUS BICHOS deste Orixá :
- Um cabrito de chifre virado;
- Quatro frangos de esporão grande;
- Um galo d'angola;
- Um pombo branco.

HUNJEVi

Hunjevi


Hunjevi – também chamado Runjebe, usados como simples colares por quem não tem noção dos seus significados.
O Candomblé é uma filosofia religiosa, onde tudo o que existe no mundo tem o seu momento de sagrado. Portanto, devemos ter cuidado ao usarmos certos elementos que se popularizam com a febre das bijuterias, como a palha da costa, os búziose os próprios fios referentes aos Voduns, Orixás e Nkises, que são vendidos livremente por camelôs de feiras hippie.
O hunjevi, bem como o lágdiba são fios de conta sagrados da Nação Jeje e que exige toda uma cerimônia na confecção e sacralização destes fios de contas. O hunjevi representa a ligação entre o céu e a terra, a vida e a morte, a continuidade, o transcendental. O seu próprio nome significa "Caminho par a Sagrado", caminho que leva a Avié-Vodun (Deus). Semelhante a Olódùmarè ou Zambi Apungo.
Antigamente, somente vodunsi (da nação Jeje) recebiam o hunjevi. As questões históricas e o intercâmbio cultural entre as Nações de Candomblé, justificam por si só o uso do Hunjevi por pessoas de Ketu e até de Angola (nas que adotam o fio), após 7 anos de iniciado.
Nas casas de Jeje tradicionais, o hunjevi é entregue ao vodunsi na ocasião da sua iniciação, e quando o vodunsi morre, ele leva seu hunjevi consigo.
O hunjevi possui a quantidade certa de miçangas, corais e seguis relativos a quem o receberá, e, por isso, é um fio único, individual e intransferível. Ninguém, jamais pode colocar no pescoço ou tocar desrespeitosamente um hunjevi que não seja o seu.
O vodunsi, não pode, e não deve confeccionar o seu próprio hunjevi. Nunca! Caso o hunjevi arrebente, e isso não é boa coisa, apenas o doté ou a doné(zeladores do vodunsi), podem enfiar o fio de novo e prepará-lo devidamente para ser usado novamente.
Não se enrola hunjevi no pescoço (duas voltas ou mais), isso fere todo o fundamento de seu significado. Quem usa hunjevi com duas voltas no pescoço, com certeza não conhece, ou não entende, o valor deste fio de conta. Ou não respeita seu próprio vodun. Como todo fio de conta, o cumprimento do hunjevi é determinado por questões que envolvem o vodun da pessoa e até fatores físicos do vodunsi que o receberá.
O hunjevi é composto de miçangas nas cores terra-cota, segui (corais azuis) e corais propriamente ditos.
s corais são os atin sá (árvores) das águas, que conhecem as profundezas escuras da origem de toda a vida que existe neste mundo. O coral representa os elementos dos três reinos existentes na natureza: o reino animal, vegetal e mineral. Por isso, simboliza o princípio e o fim. A ligação entre a vida e a morte.
O povo do Danxomé (Barriga de Dan), costuma dizer que os segui do hunjevi são as fezes do grande Vodun Dan Gbala Howedo. As fezes de Dan.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Orisa Oguera.





ORIXÁ OGUÈRÁ

Houve no igbò (Floresta Africana) uma grande revolução, povos Bantus que primeiro aprenderam a arte da agricultura invadiram território ketú, derrubando árvores perenes com total estrutura para vida eterna, para plantarem e também extrairem o minério para confecção de materiais em ferro.
Após inúmeras guerras e lutas e consequentemente muitos óbitos, Eledunmare convoca Alákétú e desi...gna este a reorganizar a vida na relva, caso contrário esta viraria uma Savana, onde os Orixás já não mais poderiam congregar-se como era de costume e principalmente o Povo Igbò, ou seja os habitantes do interior das florestas ficariam prejudicados!
Alákétú de pronto cumpriu com a ordem de Eledunmaré prosseguiu ao Aiyé, aqui chegando convocou os seguintes Orixás: Osàníyn, Ogué, Ogá, Agué, Aròlé, Otín, Agana, Aròní, Áàjá, Okòríkòtò, Elékún, Iròkò, Iyámi e Opaoká.
Após dias em convenção no interior do Igbò, eles não chegaram a uma solução, eis que Alákétú retorna a Eledunmarè e este determina que Agbonírègun através do Oráculo visse as determinações, o qual sentencia que a Floresta Africana submergisse para a sua defesa e perpetuação sagrada dos seus habitantes hábitos e costumes, e em unanimidade fôra aprovada a decisão de Orunmilá!
Surgindo assim o Agbò Odé que nada mais é a ‘Floresta Africana’ “submersa”, e o guardião dela que denomina-se ‘Orisá Oguèrá’ que nada mais é que a junção de 4 espíritos da florestas ‘Ogué,Ogá,Agué e Osàníyn’, este foram apontados como os guardiães da Floresta, onde estranhos não deverá adentrar sem a devida permissão sagrada dos ritos, e caso burlem as regras sagradas são penalizados de diversas formas, como cegueira, amputação dos membros superiores e inferiores, mordias e picadas de animais diversos.
Hoje em dia vemos muitos Savanas em territórios que em outrora foram lindas Selvas, porém habitam estas savanas animais selvagens que em vingança aos invasores os devoram sem pena e em total crueldade, represália ao mal causado aos habitantes das Selvas africanas.
Ficou também instituído o rito do "Igbóitá" apelidados por alguns de'Boitá' por tratar-se do culto ao "Orimalú" 'Cabeça do Boi" que além de outras funções específicas para o povo Igbó, tem a função de alimentar o 'Agbò Odé' com o seu rito específico !!!!!