terça-feira, 15 de agosto de 2017

Aje saluga

Culto Antigo - O . D . Ú
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Ajè Saluga simboliza para o Povo Yorubá o poder de Ganhar e Obter dinheiro para uma
vida sem dificuldades e com prosperidade extensiva a toda a familia.

Orisá / Orisa

Por: Paulo Ganga
09/04/2015


Ajè Saluga

A Dêusa da Riquêza

Ajè Saluga simboliza para o Povo Yorubá o poder de Ganhar e Obter dinheiro para uma
vida sem dificuldades e com prosperidade extensiva a toda a familia.
É um orixá cultuado em todo o Panteão africano e nas Américas por Babalorixás e
Babalawos, esses líderes espirituais, quando se defrontam em jogo com uma situação
precária de vida do filho ou cliente que os procura, aconselham apropriadamente a estes
que façam o ASSENTAMENTO DE AJÈ SALUGA.
É um fundamento que poucas casas de santo conhecem ou cultuam, para Assentar Ajè
Saluga faz-se necessário ter os seus 4 fundamentos também assentados, para que se
consiga atingir os intentos, mudar o destino, consagrar todo o ritual e atingir o objetivo
que é o de prosperar quem o cultua.
Os 4 Fundamentos necessários para se ter Ajè Saluga são:

Esú Odará
Orunmilá
Osanyín
Igbá Ori

O iniciado que não tiver esses 4 assentamentos amarrados aos orôs de Ajè, com certeza
não terá canalizado para si os poderes de Ajè Saluga.
Faz-se necessário ainda que esses Orixás estejam dispostos da seguinte forma na
arrumação do Ojubó :
Orunmilá ao centro, Esú Odará a esquerda, Osanyín a direita, Igbá Ori a frente e o
assentamento de Ajè esteja a frente do Igba Ori e abaixo, significando o caminho daquela
pessoa e o que está no por vir dela.
Ajè é um Orixá do sexo feminino e tem seu poder em mejí ao centro de tudo, vive
cercado de uma outra quantidade de peças importantes e primordias para o seu devido
encantamento.
Após longo Ritual de Consagração desse Igbá Ajè Saluga, com Rezas, Cânticos e
Sacrifícios é entregue então ao seu novo Cultuador o Igbá Ajè, só quem manuseia e trata
de Ajè é a pessoa que o recebeu, corre-se o risco de se perder tudo quando este Orixá é
cuidado por outra pessoa que não a recebeu.
Devido a esse Tabú, não se deixa ninguém que não seja de nossa inteira confiança entrar
no local onde Ajè está assentada.
Ajè Saluga vive numa Sopeira ou pote grande de louça subdividida de características
especiais, é um orixá de coisas frescas e preciosas.
Poucas pessoas o tem justamente devido ao gasto para assenta-lo.
Geralmente Babalorisas, Iyalorisas, Babalawos, Iyanifás, Apetebis, Comerciantes,
pessoas de grande poder aquisitivo que conseguem assenta-lo devido ao custo em
adquirir o material para assenta-lo.

Culto Antigo - O . D . Ú

Responsável: Paulo Ganga
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Oòsà Ojà & Aje Sàlugá

A palavra Ajè pode ser traduzida como Progresso para você, Sucesso para você e Que aquilo que você espera de seu trabalho se concretize.

Ajè Ògúgúlùsò significa:

Ajè Senhora da morada da sorte e das realizações do homem, Senhora do paraíso da riqueza.

Ajè é um òrìsà paciente, próspero, fértil, longevo, sábio, harmonioso, generoso, tolerante, justo e protetor da riqueza do homem (em todos os sentidos), atraindo dinheiro a quem a cultua.

Protetora do progresso defende as pessoas da inveja e de forças invisíveis que impeçam seu desenvolvimento econômico. Favorece o uso sábio do dinheiro e protege as pessoas de receberem “mau dinheiro”, advindo de pagamentos realizados de má vontade ou com raiva.

No Odù Ifá (Odi méjì) ele está nos dizendo sobre Odi fazer amor com a Chefe das mulheres do mercado que é um Òrìsá chamado Oòsà Ojà, que está ligada a divindade Ajè Sàlugá (omo Olókun Sèníadé), esta divindade é um Òrìsá funfun, fala sobre dinheiro e riqueza, o ìgbà deste Òrìsá – Oòsà Ojà – geralmente está localizado no centro do mercado coberto com pano branco, o chefe ou líder de cada mercado é uma mulher cujo titulo é Ìyá lojá ou Ìyá lajé, todos os mercados são geralmente governados por Aje Sàlugá como a divindade que rege o mercado.

Òrìsá Oya detém uma posição importante no grande mercado é muito popular em Òyó até os dias de hoje com base na posição que ocupou no antigo e histórico mercado de Òyó em Koso.

Temos vários versos de Ifá, que dão referência a Oòsà Ojà e Aje Sàlugá como indicado abaixo:

Odi Méjì diz:

Depois de desfrutar e fazer amor com Oòsà ojà,

Outros também queriam fazer amor com ela,

Quando todos ficaram contentes,

Eles começaram a cantar,

Dizendo Oòsà ojà não nos deixar ir,

Doce mel não nos permita deixar o mercado,

Doce mel, (insinuando para a tentação de permanecer no mercado ou se sentindo obrigado a ficar e possivelmente gastar mais dinheiro do que o esperado).

Em algumas cidades onde o culto desta divindade é maior, todas as jovens vão ao mercado, como parte dos ritos de passagem para mulheres jovens, esta é a divindade primordial que tem os rituais realizados, ela simboliza a riqueza, a prosperidade e a fertilidade da mulher.

Ajè se sente (defecar) em minha cabeça (me abençoe com dinheiro, quando se anda na rua e um pombo defeca em você dizemos que é uma bênção de dinheiro),

Quem toca Ajè se torna ‘humano’ (fértil).

Aje dormiu na minha cabeça, quem toca Ajè (recebe bênçãos) age como uma criança (alegria de “ganhar na loteria”).

Ajè eleve-me como um rei (me dê dinheiro / filhos, me faça uma pessoa importante na vida).

J.K. Olupona

Aqui está outro exemplo de como Oòsà Ojà é mencionada em Ifá, quando se fala sobre uma pessoa que está tentando receber uma bênção e foi a tantas divindades pedir apoio e fez muitas ofertas sem resultado e as oferta não foram aceitas.

Ele disse que não sabia que o pai deles é o Egungun da própria casa.

Ele disse que conhecia a mãe que é a deusa do mercado (Oòsà Ojà).

Orí disse que não sabia que ela era a cabeça (Chefe) deles.

E que Ilé é a terra (outra divindade).

Ele não sabia que ele era chamado Olúbòbò-tiribò.

Bàbá ebo (outra divindade mencionada mais a frente).

Mais uma vez, isso nos dá o exemplo de que Ajè Sàlugá governa sobre a maior parte das coisas que gostamos na vida, a saber, as coisas que ela representa (o dinheiro, os filhos e a fertilidade na mulher).

O rei que reside no interior do profundo e majestoso esplendor é o nome de Olókun Sèníadé (portador da coroa mais antiga).

O rei de todo o prazer é o nome de Ajè Sàlugá.

Òsé Gobi, Gobi Ìwòrì adivinhava para Ajè Sàlugá.

O primeiro nasceu de Elépo (pai).

Este último exemplo de Ajè Sàlugá mostra a sua conexão com o mercado ao ar livre, conhecido como um local de encontro e com muito movimento e fluidez, até hoje o mercado é um indicador chave para a economia local.

Esse versículo mostra como essa troca de bens por dinheiro (que às vezes nem sempre é rentável) no final acaba colhendo benefícios.

Odù Ifá Eji Ogbè diz:

A Terra é negra e sempre será negra.

O solo é escuro e sempre escuro.

Torrentes são sempre muito tempestuosas.

Estes foram os nomes do Áwo que adivinhavam para Ajè Sàlugá (a riqueza)

Que é incerto como o oceano.

Os mesmos adivinhos lançaram Ifá para Obìnrín (natureza feminina)

Que é inconstante como o mar.

O mesmo foi declarado para omo (descendência).

Firmes no apoio como pedras no leito do rio.

Eles disseram:

Riqueza pode ir e vir

O mesmo acontecerá com as mulheres.

Mas filhos continuam a linhagem para a continuidade da terra (Olóye Agbolá)

Por Áwo Faloju

Uma de suas lendas a tem como filha de Aládi, uma das esposas de Olókun (em território nigeriano Olókun tem dupla sexualidade, uma vez, reconhecido como energia masculina e outra energia feminina, isto depende da região).

Ajè Sàlugá ou Anabi como é conhecida pelos próprios muçulmanos nigerianos (que consultam Ifá e fazem ebo de prosperidade no inicio do ano novo yorùbá), é uma divindade muito cultuada entre o povo yorùbá, pois se trata de um òrìsá que quando é tratada costuma trazer riquezas e prosperidade aquele que a trata. Ajè é um òrìsá feminino, considerada irmã mais nova de Yemoja, teve seu culto iniciado quando um dos itan de Ifá foi revelado.

Neste itan conta que Ifá se encontrava em uma situação financeira muito ruim, a fome e a necessidade lhe acompanhavam.

Havia uma menina muito feia que diziam ter saído a pouco das profundezas do mar, ninguém gostava dela, ninguém pretendia aceitá-la dentro de casa por não aceitar sua feiura, deste modo ela andava vagando pelos caminhos, ruas e estradas à procura de um descanso.

Um dia Ifá abriu sua porta e se deparou com aquela menina feia e ela pediu estadia, sem pensar duas vezes Ifá como sempre muito generoso, a aceita dentro de sua casa e deu a ela o pouco do que tinha para comer e um lugar para descansar.

Durante a noite Ifá foi surpreendido por aquela menina dizendo que estava querendo vomitar. Ifá preocupado com aquilo providenciou uma tigela e estendeu a frente da menina, mas ela se recusou, então ele a apresentou uma cabaça e obteve recusa, da mesma forma aconteceu quando ele o ofereceu um jarro, o maior que ele possuía em sua casa, mesmo assim ela se recusou a vomitar ali e disse à Ifá: Em minha casa estou acostumada a vomitar em um quarto.

Ifá levou-a para o único quarto que aquela casa possuía e chegando lá mais uma vez se surpreendeu quando viu aquela menina vomitando inúmeras pedras preciosas, azuis, amarelas, branca, de todos os tipos, incansavelmente. Pelo caminho, um homem viu o apuro que Ifá estava passando com aquela menina e perguntou se ele podia entrar para prestar ajuda, quando entrou no quarto onde estavam se encantou com tamanha riqueza que aquela menina deixava pelo chão de Ifá e exclamou:

“Há! Nós não conhecíamos os poderes desta menina, por isso a repudiávamos, e hoje eles estão revelados!”

Este homem disposto a servi-la, colocou-lhe o nome de Ajè Sàlugá. Depois disso todos ficaram sabendo dos presentes que Ajè havia dado a Ifá e todos queriam recebê-la em suas casas.

Ajè tem seu igbá arrumado de forma individual, não podendo ter finalidade de Ojugbó, é pessoal e intransferível.

Conchas, caracóis e outros apetrechos são os instrumentos sacralizados que fazem parte de seu igbá.

Oríkì Ajè.

Aki beru loruko ti a npe Ifá

Akiberu loruko ti a npe Odù

Olómo sawe loruko ti a npe Ajè

Ajè ko yawa je ni ile mi o.

Não tenha medo, é o nome de Ifá.

Não tenha medo, é o nome de Odù.

A mãe de Sawe é chamada Ajè (riqueza)

Ajé venha e coma na minha casa.

Ajè venha e esteja comigo em minha vida.

Àse
[11/8 09:06] Bonyfacio: Ajè ò venha e faça a riqueza multiplicar em nossa vida. Adupé Boni, há muito procuro o conhecimento que me levará a ter esse asé.  Ajè Salugá lhe prospere.
[11/8 09:06] Bonyfacio: Uma das divindades mais importantes na compreensão do Culto Yorubá é o Orí. Uma pessoa sem uma cabeça é uma pessoa sem direção. A cabeça é o primeiro a entrar no mundo na maioria dos casos, e é o domicílio de todas as escolhas. Em muitas sociedades africanas, a cabeça é tão importante que ela é adorada como a sede da personalidade e destino do ser humano. A cabeça é considerada o receptáculo de idéias, opiniões, emoções e está ligada ao destino e sorte de cada pessoa. “A origem ou a fonte de todo orí seria o Deus Supremo – Olódùmarè - ou o Grande Orí, do qual todo Orí deriva, visto que ele é, na verdade, o doador de todo Orí “. O conceito de Ifá sobre Orí é a integração do pensamento e da emoção que gera um Orí positivo ou de sabedoria.
O Orí está dividido em Orí Inú que é a Cabeça Interna ou Destino e Orí Òdé que é a Cabeça Física.
ORÍ ÒDÉ – a cabeça externa caracteriza-se pela cabeça física (crânio, cérebro, sistema nervoso central, olhos, ouvidos, etc.) e também pela personalidade e intelecto que resultará da interação daquele corpo com Orí Inú (cabeça interna).
ORÍ INÚ - a cabeça interna é a nossa personalidade divina, ou nosso “eu verdadeiro”, ou nosso “eu supremo ou superior”. Em resumo, nossa alma.
Todos os òrişá têm que respeitar a vontade e o livre arbítrio de Orí. Sempre, quando se inicia um culto, os devotos têm que tocar a terra com a testa como um ato de respeito ao primeiro Orí, a ancestralidade e a onilé de onde o orí foi formado e moldado por Ajalá, Obàtálá. Orí é o Deus portador da individualidade de cada ser humano. Representa o mais íntimo de cada um, o inconsciente, o próprio sopro de vida em sua particularização para cada pessoa. Orí é cultuado como uma Divindade e é única e individualizada, devendo ser cultuado e tratado. A habilidade do Orí de receber o Aşé (poder) do òrişá é uma função da ressonância interior do Orí em si. O Aşé de um òrişá que existe no Orí de um individuo pode atrair a força desse òrişá através de uma experiência chamada incorporação (transe) ou intuição forte, que se dá a partir de um processo iniciático.
Tão importante é a cabeça em muitas sociedades africanas que ela é adorada como a sede da personalidade e destino do homem
ALIMENTO A CABEÇA - BORÍ
À cerimônia de equilíbrio do Orí dá-se o nome de Borí (bó = alimentar, Orí = cabeça => alimentar a cabeça, alimentar a alma, fortalecê-la). Borí – alimentar o Orí é um ritual que tem por finalidade a restauração do equilíbrio entre Orí Òdé (cabeça física) e Orí Inú (alma, o eu superior). Tendo Orí status de òrişá, responde no oráculo. Todas as oferendas que alimentam o Orí são ditadas pelo oráculo - mas sempre com o consentimento do próprio Orí - na qualidade e quantidade adequadas ao momento e situação. A energia de um òrişá só é fixada se o Orí permitir. Como todas as possibilidades de sucesso ou fracasso dependem do Orí, o Borí é o rito especial que propicia a sua positividade. A sua finalidade é, através de manipulação do aşé, proporcionar ao Orí, o ponto de equilíbrio ideal para a sua auto-realização. Na religião yorubá o Orí é preparado para atuar com discernimento nos constantes conflitos com que se deparam o espírito – Ori Inú – e a matéria – Ori Òdé, no decorrer da sua existência terrena.

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