ITANS DE ÒGÚNDA-MEJI / ÒGÚNDA JA MEJI
Ògúnda Meji foi um dos mais poderosos divinadores, tanto no céu como na terra. Ele era considerado por ter a força de Ògún e a inteligência de Ọrúnmilá em seu trabalho. Foi ele quem revelou a estória da segunda tentativa de fazer as divindades colonizar a terra. Obara Bodi um dos discípulos de Ọrúnmilá revelará mais tarde os detalhes da primeira tentativa de colonizar a terra e como foi fundada.
ÒGÚNDA-MEJI
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Ògún, a divindade do ferro e a mais velha das divindades criadas por Deus era também fisicamente mais forte que todas as 200 divindades. Ele freqüentemente era referido como o Desbravador de Caminhos, porque guiou a segunda missão de reconhecimento do céu para a terra. Diz Ògúnda- Meji, que foi por conta dos atributos físicos de Ògún que Deus apontou-o para abrir uma trilha para a segunda habitação na terra. Ele era conhecido por ser egocêntrico vaidoso e quase nunca consultava alguém para aconselhar-se.
Ele confiava quase que exclusivamente em suas habilidades produtivas e força física. O que explica o porquê não se incomodou em ir à divinação ou consultar alguém quando foi indicado por Deus para empreender a tarefa de estabelecer habitação na terra.
Assim que recebeu de Deus a ordem de prosseguir, ele o fez quase que imediatamente. Deus lhe deu 400 homens e mulheres para acompanhá-lo na missão. Chegando a terra, não demorou em descobrir as conseqüências de não fazer os preparativos adequados antes de virem do céu.
Seus seguidores mortais logo ficaram com fome, e exigiram comida. Já que vieram para o mundo sem nenhum suprimento, ele apenas poderia recomendar-lhes a cortar gravetos de uma floresta próxima para comer. O processo de se alimentar com gravetos não os satisfez e logo seus seguidores começaram a morrer de fome. Apreensivo por perder todos os seus seguidores por inanição decidiu retornar para o céu e comunicar o Pai Todo Poderoso que sua missão era impossível.
Em seguida Deus convocou Olokún, a divindade da água para guiar a segunda missão para a terra.
Ele também é igualmente orgulhoso e cheio de alto confiança. Também lhe foi dado 200 homens e 200 mulheres para acompanhá-lo. Ele também não fez nenhuma consulta nem divinação com os mais velhos celestes antes de vir para a terra. Chegando ele também não teve indício de como alimentar seus seguidores. Ele apenas pediu-lhes para beberem água quando ficassem com fome. Já que a água não podia alimentá-los com eficiência, começaram a morrer de fome. Logo em seguida, ele também retornou com seus seguidores que sobreviveram ao céu para informar o fracasso de sua missão. Deus então convocou Ọrúnmilá, acompanhado por 200 homens e 200 mulheres para
estabelecer uma habitação na terra. Ọrúnmilá ponderou se ele poderia ter sucesso na missão a qual tinha desafiado os esforços dos mais velhos e das divindades mais fortes como Ògún e Olokún.
Deus persuadiu-o a fazer o seu melhor, porque era necessário despovoar o céu, estabelecendo uma habitação satélite na terra. Seu servo fiel Okpele avisou Ọrúnmilá a não recusar a tarefa porque com as preparações adequadas, ele estava convencido que o sucesso o aguardava.
Com as palavras de persuasão de seu Okpele favorito, Ọrúnmilá concordou em partir na missão, mas apelou a Deus em lhe dar a indulgência para se preparar em alguns dias antes de partir.
Ọrúnmilá implorou as divindades mais velhas do céu para assisti-lo no planejamento de sua missão.
Eles lhe garantiram que ele teria sucesso em estabelecer uma habitação na terra. Ògúnda-Meji, um de seus próprios filhos pediu-lhe seis cawries e avisou-o para coletar um de cada dos animais e plantas comestíveis no céu, para a missão. Ele também avisou para dar um bode para Èşu e apelar para Èşu segui-lo para a terra na missão.
Após fazer todos os sacrifícios prescritos, ele foi finalmente liberado por Deus. Antes de partir implorou a Deus para permitir que Ule, (Owa em Bini) a divindade da habitação, fosse com ele.
Mas Deus lhe disse que não era Sua intenção divina despachar duas divindades para terra ao mesmo tempo, já que Ele pretendia mandá-las uma após outras. Deus, entretanto assegurou a Ọrúnmilá que ele teria sucesso na terra, e enviaria seu servo Okpele para voltar ao céu e buscar Ule (Owa), para auxiliá-lo. Ele então partiu para a terra.
Tão logo Ọrúnmilá partiu, Èşu foi contar a Ògún que Ọrúnmilá estava viajando para terra pela rota a qual ele (Ògún) estabeleceu. Ògún imediatamente foi bloquear a rota com uma espessa floresta.
Quando os partidários de Ọrúnmilá se aproximaram da floresta, não sabiam o que fazer. Ele enviou o rato para procurar um caminho através da floresta. Antes que o rato retorna-se, Ògún apareceu a Ọrúnmilá e interrogou-o pela ousadia em prosseguir para a terra sem informá-lo. Ele, entretanto explicou que havia enviado Èşu para informá-lo e quando Ògún relembrou que foi Èşu quem realmente avisou-o, imediatamente limpou a floresta para Ọrúnmilá prosseguir em sua jornada.
Antes de deixá-lo, Ògún avisou Ọrúnmilá que apenas outra obrigação ele lhe devia, era alimentar seus seguidores com os gravetos da mesma forma que ele fez, e então Òrúnmìlá prometeu fazer.
Nesse meio tempo, Èşu também informou a Olokún que Ọrúnmilá estava em seu caminho para a terra para ter sucesso aonde eles falharam. Olokún reagiu provocando um largo rio para bloquear o avanço. Quando Ọrúnmilá veio à margem do rio, despachou um peixe para procurar uma passagem através do rio. Enquanto aguardava pelo retorno do peixe, Olokún apareceu e interrogou-o porquê ele ousou embarcar em uma viagem para a terra sem obter sua permissão.
Ọrúnmilá explicou que longe de desdenhar Olokún, ele tinha na verdade enviado Èşu para informá-lo de sua missão na terra. Quando Olokún compreendeu que Èşu tinha vindo a ele, retirou a água para Ọrúnmilá prosseguir em sua jornada. Contudo alertou Ọrúnmilá que ele estava sob a obrigação divina de alimentar seus seguidores como ele (Olokún), com água. Ọrúnmilá prometeu acatar o conselho de Olokún. Sem mais obstáculos em seu caminho, Ọrúnmilá prosseguiu sua jornada.
Chegando ao mundo, ele rapidamente avisou a todos os seus seguidores masculinos para limpar o mato e construir cabanas temporárias cobertas com esteiras (Aghen). Quando aquela tarefa foi completada, retiraram os produtos agrícolas e sementes que ele trouxe para seus seguidores plantarem no mato que tinham limpado. Ao anoitecer todos eles se retiraram para dormir em suas cabanas. Èşu, que tinha recebido um bode antes da missão partir do céu, foi trabalhar nas sementes plantadas e nos animais. Quando eles levantaram ao amanhecer, descobriram que todos os produtos agrícolas tinham não apenas germinado, mas tinham produzido frutos, prontos para a colheita. Estes incluíam inhames, plantações, milho, vegetais, frutas, etc. Ao mesmo tempo toda a criação que eles trouxeram do céu tinham se multiplicado durante a noite. Aquele foi o primeiro milagre operado por Ọrúnmilá na terra, como uma manifestação direta dos sacrifícios que ele fez antes de vir do céu.
Quando seus seguidores então pediram por comida antes de se lançarem ao trabalho rotineiro do dia, ele lhes disse, em respeito à injunção de Ògún, para cortar gravetos do mato ao lado para comer. Eles fizeram como lhes foi dito. Após mastigarem os gravetos por um longo tempo, lhes disse para beberem água como ele foi advertido em fazer por Olokún. O processo de acatar as instruções dadas a ele por Olokún e Ògún é seguido até os dias de hoje por toda a humanidade, por meio da rotina de começar o dia com a mastigação de gravetos ou escovação dos dentes e enxaguando a boca com água.
Tendo atendido aos desejos de seus mais velhos, Ọrúnmilá disse ao seu povo para se alimentar com os animais e plantas que abundavam no povoado. Eles tinham sucesso em preparar o terreno para uma habitação permanente na terra. Satisfeito que nada então ficou em seu caminho para o sucesso na terra, Okpele propôs a Ọrúnmilá que era hora de enviá-lo para informar a Deus que a terra já estava adequadamente habitável o suficiente para Ule juntar-se a ele. Ọrúnmilá concordou, mas lhe disse que ele primeiro convocaria Èşu para acompanhá-lo na terra antes de pedir por Ule. Tendo prometido anteriormente acompanhá-lo assim que fosse convocado, Èşu imediatamente concordou
em acompanhar Okpele a terra.
Antes da chegada Ọrúnmilá pediu a seus seguidores para construir uma cabana para Èşu na entrada do povoado. Tão logo Èsù instalou-se em seus aposentos, Ọrúnmilá enviou um bode a ele. Ele ficou muito feliz em comer a sua comida preferida, a qual imaginou que não estaria disponível na terra.
Quando Okpele veio conferir se Èşu estava bem, o primeiro lhe disse-lhe para pedir a Ọrúnmilá para perdoá-lo por causa das dificuldades iniciais que criou antes do mesmo partir do céu, incitando Ògún e Olokún contra ele. Ọrúnmilá perdoou e implorou a Èşu para ficar na terra para ser seu posto de ouvinte, prometendo sempre alimentá-lo. Após aguardar em vão pelo fracasso de e retorno para o céu de Ọrúnmilá e seus seguidores, Olokún decidiu no céu retornar a terra para descobrir como a missão estava indo. Quando Olokún chegou a terra, encontrou Èşu que lhe disse que Ọrúnmilá tinha tido sucesso em tornar a terra habitável. Quando Olokún encontrou Ọrúnmilá, pediu-lhe para
perdoar por conta dos obstáculos iniciais criados por ele. Ọrúnmilá lhe disse que as desculpas não eram necessárias porque o sucesso não é gratificante sem dificuldades iniciais. Contudo Ọrúnmilá disse para Olokún concordar em viver com ele na terra. Ele então concordou em fazê-lo, mas insistiu que teria que ir ao céu para pedir ao Pai Todo Poderoso para permiti-lo retornar com seus seguidores. Olokún chegou ao céu e Deus permitiu-lhe retornar a terra com seus seguidores.
Quando Ògún ouviu que Olokún havia partido para acompanhar Ọrúnmilá na terra, ele também decidiu ir e ver as coisas por si mesmo. Quando Okpele viu Ògún partindo do céu para a terra, alertou Òrúnmìlá que imediatamente instruiu seus seguidores a dar outro bode a Èşu para evitar algum choque entre eles. Quando Ògún chegou, Èşu ainda estava comendo seu bode e estava muito ocupado para se incomodar. Ele simplesmente indicou a Ògún para seguir para onde Ọrúnmilá morava. Assim que Ọrúnmilá viu Ògún, se ajoelhou para cumprimentá-lo, sendo seu irmão mais velho. Ògún retribuiu a altura desculpando-se com Ọrúnmilá pelas dificuldades iniciais que criou para ele. Novamente Ọrúnmilá explicou que as desculpas eram desnecessárias porque sem aqueles problemas duros, provavelmente não teria tido indicio de como alimentar seus seguidores. Ọrúnmilá então persuadiu Ògún em ficar na terra com ele, porque sem ele (Ògún) era impossível para alguma tecnologia se desenvolver na terra. Ọrúnmilá explicou que sabia apenas fazer divinação, mas que não sabia como inventar ou fabricar. Sentindo-se lisonjeado, Ògún rapidamente concordou em retornar ao céu para ter permissão de Deus para voltar com seus seguidores para a terra. Ògún por fim retornou com seus seguidores.
Foi naquele estágio que Ọrúnmilá finalmente enviou Okpele para trazer Ule do céu. Quando Okpele narrou a mensagem de Ọrúnmilá para Deus, o Pai Todo Poderoso, instantaneamente convocou Ule para seguir para a terra para auxiliar Ọrúnmilá. Èşu foi novamente o primeiro agente que Ule encontrou chegando a terra. Èşu encaminhou-o para encontrar Ọrúnmilá em sua cabana. Longe de desafiar Ule como fez com Olokún e Ògún, Èşu implorou a Ule que ele sempre seria mais bem sucedido que seus irmãos mais velhos e sem ele ninguém teria satisfação completa na terra, porque ele era caracteristicamente paciente e inofensivo. Quando Ule encontrou Ọrúnmilá, prestou-lhe
respeito, fazendo-o capaz de vir e auxiliá-lo na terra. Ọrúnmilá retrucou proclamando com seu instrumento de autoridade (Aşe) que:
Se respeito lhe fosse prestado, seria sempre estendido a terra; Olokún sempre moraria na água tendo em vista o rio que usou para bloquear sua aproximação a terra, mas que ele seria o distribuidor de riquezas e prosperidade para a espécie humana; Ògún sempre seria usado para produzir grandes feitos, mas que ele próprio sempre trabalharia
agitadamente noite e dia e não teria paz de mente.
Ele então disse aos três para seguirem em seus caminhos em separado. Os três deixaram os aposentos de Ọrúnmilá. Eles mal haviam se movido para fora do aposento, quando subitamente Ule desfaleceu morto. Assim que caiu morto seu corpo desapareceu da vista e em seu lugar uma constelação de casas, prédios, e residências surgiram no chão. Desta forma, Ule tinha se transfigurado em casas respeitáveis para todos os habitantes existentes e futuros morarem. Ọrúnmilá rapidamente deixou sua cabana coberta de esteiras e foi para ficar no melhor e mais agradável aposento produzido para ele por Ule. Ògún ficou aborrecido e se recusou a ficar em qualquer um dos aposentos providenciados por Ule. Então construiu sua própria casa caindo aos pedaços, chamada izegede, a qual onde ele está até hoje.
O Olokún também se sentiu provocado e voltou-se para a água para constituir-se nos oceanos, mares e rios dessa terra. Os homens e as mulheres trazidos para a terra por Ọrúnmilá, Olokún e Ògún, logo começaram a casar entre si e multiplicar-se pelos quatro ventos desta terra. É importante relembrar que o fim da vida e reencarnação posterior dos seguidores que inicialmente vieram com Ọrúnmilá, Ògún, Olokún, e outras divindades tornaram-se os sacerdotes e filhos destas divindades até hoje e para a eternidade. Aqueles que desviaram o caminho do rebanho, ou que não foram privilegiados em descobrir sua família, são os homens e mulheres que passam por todos os tipos de
dificuldades na terra.
Neste estágio Okpele partiu para o céu, mas avisou a Ọrúnmilá para procurar por ele depois de algum tempo no caminho para a fazenda. Por fim transformou-se em uma árvore cujos frutos são usados até hoje para preparar o instrumento divinatório Okpele. Ele disse a Ọrúnmilá como usar as sementes que ele traria dali em diante para divinação.
OS TRABALHOS CELESTES DE ÒGÚNDA-MEJI.
Ele fez divinação para o tigre com este encantamento – Onose muroko nijo to onlo oko ode - quando o tigre quis começar a caçar. Ele avisou ao tigre para fazer os seguintes sacrifícios, dar um bode a Èşu, e servir Ifá com 1 galinha, peixe e rato para que fosse capaz de caçar com sucesso. O sacrifício era necessário para evitar caçar em vão, ou sofrer um atraso chamado (amubo) em Yorùbá e osobonomasunu (em Bini). Ele se recusou a fazer o sacrifício e no dia seguinte partiu para a floresta para caçar. O tigre tinha dois aspectos. Quando algum objeto celeste caia atrás dele, ele instintivamente corria longe em pavor. Em segundo lugar, quando ele pula sobre algum animal que tenha matado, é proibido de comê-lo. Chegando a floresta, ele viu um antílope e matou-o bebendo o seu sangue. Assim que deixou o antílope cair no chão, ouviu o som de um galho de árvore que caiu sobre ele. Por esse susto ele saltou sobre o antílope e largou imediatamente.
Em seguida ele matou um antílope preto chamado em Yorùbá de Edu e Oguonziran em Bini. Mais uma vez, o pesado o conjunto de frutas maduras pendeu da árvore sobre ele que saltou sobre a presa, deixando-a para trás. Nesse momento, o tigre estava ficando cansado e com fome, não tendo comido nada desde manhã. Quando o sol estava para se por ele estava se preparando para ir para casa quando viu um veado. Ele novamente teve sucesso em matar o veado, mas justo antes de tentar pegá-lo, um monte de frutas de palmeira caiu no chão atrás dele e ele novamente pulou sobre o veado tendo que abandoná-lo. Ele ficou desesperadamente frustrado e foi para casa. Èşu era obviamente responsável por seu infortúnio incomum.
Em seu caminho para casa avistou um coelho e perseguiu-o até que o coelho entrou em seu buraco.
Quando o coelho estava entrando no buraco, o tigre segurou-o em sua cauda e começou a puxá-lo.
Mas o coelho prendeu suas garras no buraco com tanta firmeza que o tigre só conseguiu apenas esfolar a traseira exposta do coelho. O coelho então se arrastou livre em segurança para o buraco.
Este é o porquê à parte de trás do coelho é branca até hoje, o qual o distingue de todos os outros animais mamíferos do seu tamanho. Este último incidente levou o tigre a fazer relação entre seu fracasso em fazer sacrifício e sua expedição de caça frustrada. Chegando a casa, informou sua aventura infrutífera. Para determinar a veracidade da sua estória uma equipe de busca foi à floresta e realmente viu e trouxe para casa os três animais mortos pelo tigre. Os animais foram trazidos por Ògúnda-Meji. Foi então que ele foi a Ògúnda-Meji para fazer os sacrifícios.
Após fazer os sacrifícios ele foi à floresta no dia seguinte e matou um veado o qual trouxe para casa sem nenhum incidente. Desde então, o tigre se tornou um caçador habilidoso e foi expressar a sua gratidão a Ògúnda-Meji.
ELE FEZ DIVINAÇÃO PARA A BOA.
Após criar as varias espécies das famílias das cobras, Deus distribuiu armas para cada uma delas em forma de veneno, mas esqueceu de dar alguma para a Boá, que é chamada em Yorùbá Oka e Aru em Bini. A Boá começou a se queixar porque ele carecia de armas com as quais capturar a comida. Ele então foi a Ògúnda-Meji para divinação para auxiliá-lo no que fazer para sobrepujar suas dificuldades. A flecha foi um dos sacerdotes empregados que moravam com Ògúndá-Meji e foi ele quem fez divinação para Boa. O nome completo da flecha era Okofi doo, Oko reyin ya bo olooko - Odafá fun oka, elewu - obobo, significando a flecha com a qual a Boá mata um animal envolvido pelo seu estômago. A Boa era descrita como um réptil de pele de veludo.
O Awo avisou-o para fazer sacrifício com três flechas minúsculas, obi, e 1 galinha. Ele trouxe os materiais no dia seguinte e o Awo usou a galinha para servir Ifá por ele. Com o sangue da galinha, folhas e Iyerosun, o Awo preparou uma poção medicinal para ele beber. Ele também foi avisado para ir com os obis e servir sua cabeça com eles na estrada. Ele foi deixar a parte dos obis num escondido na estrada e se escondeu em um arbusto próximo para espiar alguém que furtaria os obis.
Ele estava para pegar nas três flechas. Foi avisado pelo risco de seu temperamento incontrolável, o que explica o porquê a Boa permanece a cobra mais paciente até os dias de hoje. Aquele dia coincidiu com o dia em que Deus estava indo fazer parte de um encontro das divindades o qual tradicionalmente começava com a quebra de obi. Deus se esqueceu de trazer alguns obis quando ele saiu de casa. Ele estava acompanhado pelo seu servo favorito, o coelho que carregava sua sacola divina (Akpeminijekun ou Agbavboko). Quando Deus viu a parte na estrada ele pediu ao coelho para juntá-la. Foi auxiliado a ver que continha obi os quais ele se esqueceu de trazer de casa. Quando os obis estavam sendo colocados na sacola divina, a Boá saiu perguntou por que Deus também pegaria sua comida quando ele havia se esquecido de lhe dar algum veneno. Ele se queixou que tinha sido prejudicado porque carecia de armas com as quais capturar sua comida.
Deus imediatamente simpatizou com ele e explicou que não esqueceu. Avisou ao coelho para expor tudo o que resta se na sacola divina, e ele saiu com um aşe. A Boá tinha explicado que Ọrúnmilá preparou 3 flechas para ele e Deus pegou as 3 flechas e abençoou-as. Deus ordenou a Boá para abrir sua boca engoli-las e lhe disse que todas as vezes que ele visse alguma vítima, as flechas sairiam automaticamente para suas narinas e as lançaria em sua vítima. Não era para ele correr sobre sua vítima, mas aguardar no local, para se voltar para ele. Então engoliria a vítima e as flechas retornariam para seu estômago para uso posterior. Antes de partir, Deus apresentou o coelho para ela e advertiu para nunca usar suas armas no coelho. Quando Deus chegou à rua da conferência, descobriu que eles haviam deixado a sacola divina para trás no lugar aonde ele deu armas para Boá.
Deus ficou relutante em despachar o coelho para pegar a sacola, por medo que a Boá faminta talvez posse impulsionada a usar as novas armas adquiridas nele. Mas o coelho assegurou a Deus que ele coletaria discretamente a sacola sem provocar a Boá.
Quando o coelho chegou lá começou a provoca a Boá. Acusou-a de ser preguiçosa por aguardar no local, quando deveria estar se movendo ao redor para procurar por comida. O coelho provocou a Boá atormentando tanto que até mesmo começou a puxar a cauda da Boá, a qual era proibido.
Vencido pelo temperamento, as flechas em seu estômago se moveram para suas narinas e ele lançou-as à vontade para atingir o coelho, que então rapidamente removeu a sacola divina e correu de volta para encontrar Deus na conferência. Quando o coelho voltou para Deus informou que ele tinha sido atacado pela Boá. Deus disse ao coelho que ele tem provocado muito a Boá para ficar sujeito a sua fúria e avisou o coelho que sua real proclamação era que ele (o coelho) retornaria para a Boá para morrer. O coelho voltou com grande esforço para aquele local e morreu assim que chegou lá e a Boá o engoliu. Este incidente assegurou a Boá que a arma dada a ele por Deus era
efetivamente eficaz. Ele então ficou muito feliz.
No final do encontro, Deus teve que carregar sua sacola para casa ele mesmo. Chegando ao local aonde a Boá se assentava ela instantaneamente se prostrou para agradecer-lhe pela assistência dada.
Deus, entretanto perguntou-lhe por contrariar sua ordem de não atacar o coelho, seu servo, e a Boá explicou como provocada. Deus falou-lhe que estava preparado para perdoá-la naquela ocasião porque ela agiu sobre provocação.
Deus, entretanto proclamou que desde então, a própria Boá morreria no mesmo dia em que ele atacar-se e matar-se um coelho. Desde então nomeou o esquilo para estar narrando a localização da Boá como um sinal de aviso aos animais. Assim que Deus partiu, monte de esquilos cercou a Boá e começou a gritar para ela com estas palavras:
Okaa reeoo - Elewu obobo
Waa wooo - Elewu obobo
Desde aquele dia o esquilo tem se tornado o mais duro inimigo de Boá.
Foi um dos seus seguidores chamado Ala boun boun lofo kpiriri kparara, quem fez divinação para ÓGÚNDÀ - MEJI quando ele sem saber seduziu Epipayemi, a esposa clara do Rei da Morte. Ala boun boun era na realidade o marimbondo, que alertou Ógùndá meji para evitar ter alguma coisa a com a mulher amarela, que estava para ser a Rainha da Morte. Entretanto foi avisado a dar um bode a Èşu, o que se recusou a fazer porque não tinha intenção de ter nada a com a mulher amarela do Rei da Morte.
Não muito tempo depois, o Rei da Morte enviou sua esposa Epipayemi com uma bolsa de dinheiro para comprar um bode para ele no mercado de Oja-Ajigbomekon Akira. Ao mesmo tempo, Ógùndá meji, tinha pensado melhor, e resolveu fazer o sacrifício indo ao mercado para comprar ele mesmo o bode para uma oferecer a Èşu.
Quando Epipayemi chegou ao mercado, ela comprou um bode e uma quantidade de condimentos de cozinha, e deixou-os em sua barraca para olhar outra coisa no mercado.
Nesse ínterim, Ògúndá chegou ao mercado e descobriu que o único bode do mercado era o amarrado na barraca de Epipayemi. Ele não largou o bode com a determinação que o compraria de quem quer que fosse. Logo em seguida, Epipayemi chegou a sua barraca para encontrar um homem agarrado no seu bode. Ela estava irresistivelmente bela. Disse a Ògúndá que ela era a proprietária do bode, porque seu marido, o Rei da Morte, a tinha enviado ao mercado para comprá-lo.
A despeito desta revelação, Ògúndá forçadamente tomou o bode dela e o levou para sua casa.
Indomavelmente, a mulher não largou sua corda e combateu com Ògúndá até que chegaram a sua casa. Chegando a casa, ele usou o bode para fazer sacrifício para Èşu e declarou seu amor por Epipayemi. Agora estava anoitecendo e havia se tornado muito tarde para Epipayemi retornar para casa.
Ela não tinha opção a não ser passar a noite com Ògúndá que fez amor com ela durante a noite.
Contudo, ela o alertou das conseqüências de seus atos, porque estava certa de que Ògúndá não poderia suportar a fúria do seu marido.
Na manhã seguinte, quando Epipayemi fracassou em retornar para casa, Morte começou a questionar o povo que foi ao mercado no dia anterior, no porque sua esposa não retornara para casa.
Eles explicaram-lhe que a viram combatendo sobre o bode com um homem negro conhecido por ser um dos filhos de Ọrúnmilá.
Morte então enviou dois mensageiros a Ògúndá para alertá-lo que por seduzir sua esposa, estava indo dentro de sete dias para tratar com ele.
Foi naquele momento que ele se recordou o que o marimbondo lhe disse na divinação sobre o risco de seduzir a esposa do Rei da Morte. Sabendo que estava indefeso em face do castigo que o aguardava, decidiu resignar-se e a se lamentar parando de comer qualquer comida.
No quinto dia, Osonyin, o irmão divino de Ọrúnmilá decidiu visitar Ògúndá. Chegando a casa de Ógùndá meji, o encontrou recluso aguardando a morte. Osonyin lhe disse para arranjar coragem e firmar se.
Ele se ofereceu para ir e confrontar Morte.
Osonyin pediu a Ògúndá para se vestir com o que ele usava para se transfigurar, assim como seu bastão de divinação (Uroke) e seu boné. Ele vestiu a roupa e o boné, segurando o bastão em sua mão. Quando Osonyin chegou à casa de Morte, ele rapidamente reconheceu a casa porque era lavada diariamente com sangue humano.
Ao entrar na casa, sentou-se na sala de entrada e exigiu ver o Rei da Morte porque ele tinha vindo lhe prestar visita. Quando foi dada a descrição do visitante ao Rei da Morte, ele soube que fora Ógùndá meji quem enviara Osonyin para ir e provocá-lo. Irado, Morte deu instruções para o visitante ser preso, executado e esquartejado em pedaços pequenos.
Os seguidores da Morte pegaram Osonyin e surraram-no e cortaram-no em pequenos pedaços e peças. A pedido de Morte, os pedaços do corpo de Osonyin foram espalhados na encruzilhada.
Em tempo, seus executores voltaram para a casa e Osonyin estava sentado placidamente esperando por eles. Assim que o viram, ele insistiu que não desperdiçassem seu tempo porque ele veio ver o Rei da Morte. Estáticos com o susto e pasmos, os mensageiros reportaram a Morte que o visitante estava de volta na casa antes deles e depois que eles haviam matado-o e esquartejado em pedaços.
Morte ordenou-lhes para matá-lo novamente e atirar seus pedaços no rio para alimentar aos peixes.
Mais uma vez, eles mataram e esquartejaram seu corpo em vários pedaços pequenos e lançaram-nos no rio. Quando retornaram para casa para informar a realização da missão, encontraram Osonyin novamente na sala neste momento soltando fumaça porque era muito difícil ver o Rei da Morte. Ele indagou se o Feroz Morte estava com receio de ver uma divindade mais nova.
Quando informaram Morte de sua misteriosa ressurreição, ele lhes disse para cortá-lo mais uma vez, cozinhar os pedaços e jogá-los no incinerador para serem queimados até cinzas. Mas antes que eles retornassem para casa, Osonyin mais uma vez estava aguardando-os na sala esbravejando que entraria de penetra se Morte continuasse se recusando a vê-lo.
Sem saber exatamente o que fazer dele, Morte enviou seus mensageiros para pedir a Osonyin para dizer a seu irmão que ele havia cedido Epipayemi para ele em paz. Quando eles narraram a mensagem a Osonyin, ele berrou que para não criar uma confusão no céu, Morte deveria enviar um de seus mensageiros para acompanhá-lo a entregar a mensagem para seu irmão. Morte imediatamente concordou e enviou um de seus guarda-costas para acompanhar Osonyin e levar a mensagem a Ògúndá.
ELE TAMBÉM FEZ DIVINAÇÃO PARA DOIS PESCADORES:
COMO ÒGÚNDAMEJI RECEBE O CODNOME DE ÒGÚNDA-JA-MEJI
Havia dois amigos que eram sócios no negócio de lago artificial para peixes.Um deles chamado Oni tinha o lago enquanto o outro chamado Ooni tinha o instrumento ou a vara de pescar o peixe.
Oni Nubu, Enugha
OoniNugba, Enubu
Ambos foram à divinação com Ògúndameji e ele os avisou a dar um bode a Èşu. Eles o fizeram.
Depois disso, foram ao lago, mas capturaram um único peixe grande. Oni o proprietário do lago insistiu em ficar com o peixe porque ele possuía o lago. Ooni a proprietária da vara argumentou que sem seu instrumento, não teriam capturado o peixe. Ele também insistiu que se dava o direto de ficar com o peixe. Uma violenta discussão estava feita. Ao mesmo tempo, Ògúnda Meji foi alertado por Èşu a ir na direção do lago. Ele encontrou os dois amigos lutando e foi capaz de apaziguar a questão deles declarando que ambos tinham o direito a uma parte da caça.
Ele então usou um cutelo para repartir o peixe em duas metades iguais da cabeça ao rabo, dando uma metade para cada um deles, Ambos então ficaram satisfeitos. Assim foi aonde ele obteve seu codinome de Ògúnda ja eja meji em resumo, Ògúnda ja Meji, que é , Ògúnda que dividiu um peixe em duas metades iguais.
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