OXETURA
REZA DE OXETURA
Oxetura lodafun Unbatinló leajá benifó tete no nixó inbá oiyni afere wewé. Aiyagbá
didé afere wewé. Oxetura omi unsoro atie Axá Olodumare ebó omó Ire Odara.
Este Odu surgiu do encontro de Oxe com Otura.
Em seu nascimento cercado de mistérios, Oxetura restaurou a harmonia que havia
sido rompida entre os dezesseis Agaba Odu e o poder gerador feminino representado por Oxun
Iyagbá, salvando o mundo da destruição e do retorno ao caos.
Oxetura foi gerado no ventre de Oxun Iyami Ajé, matriarca das mães ancestrais que
possui o poder mágico inerente ao Axé do elemento feminino, representado pelas penas do
ekodidé.
Este Odu é o resultado da interação deste poder com o poder genitor masculino, do
qual Obatalá é o detentor, aqui representado pelo Axé contido nos dezesseis Agba Odu.
É o caminho único utilizado por Exú em sua função de Elejigbo, o transportador de
sacrifícios.
É um Odu, como os outros 256 do elenco de Ifá, e não um Exú, como afirmam
pessoas que nada sabem dos mistérios de Ifá.
É o caminho dos ebós de todos os outros signos, e por este motivo é chamado
também de "Ebó Adá" - o que garante a eficácia do ebó.
Oxetura, assim como Exú, é a boca que fala tanto o bem como o mal. Aceita todas as
cores e todas as ervas lhe pertencem.
A palavra de Oxetura sempre se cumpre.
É um Odu de muita riqueza material e espiritual.
Por ele falam Exú, Iroko, Oduduwa, Obatalá, Oxun, Nanan, Xangô, Ibeji e Omolú.
As Pessoas deste Odu são colocadas em perigo de vida pela própria mãe ou esposa.
Este Odu é o representante de Exú na terra e é o caminho que o conduz aos pés de
Olodumare.
Representa e expressa uma das mais importantes de Exú Elegbara, dono e
controlador das oferendas ritualísticas.
Assinala enfermidades na boca e na garganta, aftas, faringites, laringites, etc.
A pessoa é achacada de roubos, não deve ter contato com ladrões e lava a culpa de
coisas que não fez.
Quando traz osogbo a pessoa deve viajar par desviar a atenção dos seus inimigos.
É orgulhosa e por este motivo todo o mundo está em guerra com ela.
Aqui nasceu Adamú filho de Oduduwa e pai de Inle. Seu culto é feito com máscaras e
trajes apropriados.
Proíbe aos seus filhos comerem galo, milho e todas as comidas de Omolú.
Na guerra Oxetura oriente aos dois contendores para que se defendam um do outro.
Aqui nasceu a guerra entre a vida e a morte.
Aqui criou-se a arte de matar em legítima defesa.
O mundo se divide em dois aspectos: Vida e morte.
Aqui tentaram matar Olofin e, para defendê-lo Orunmilá fez um ebó com um boneco,
uma agulha, pó de efun, pó de carvão, um galo, um bode, obí, orogbo, pó de peixe, pó de ekú,
etc...
Aqui Obatalá cria os seres e Oduduwa coloca-lhes espírito.
É neste caminho que baixa o espírito ao espermatozóide humano.
A pessoa está sendo combatida sem saber e pode ser vítima de um roubo.
Para melhorar a sorte tem que oferecer um galo ou uma galinha ao espírito do poço.
Tem que mandar rezar missa aos familiares falecidos.
Não deve construir castelos no ar, alimentar ilusões vãs, para não sofrer desilusões.
Sua prosperidade só ocorrerá depois que sua mãe fizer santo ou cumprir suas
obrigações para com eles.
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