ÃYON
As
religiões de matrizes africanas há tempos vêm resgatando alguns elementos que
por ventura ficaram esquecidos dos meados do ano de 1830 até o ano atual.
Orisá “ÀYÀN” orisá do tambor é um desses elementos. Observando por onde eu ando,
a forma como alguns, pode chamá-los de: Ogan de tambor, abatazeiros, abatás,
batedores de tambor seja lá qual for à denominação que podemos chamá-los, mas
algo nós chama a atenção; a preparação dessas pessoas especiais para a liturgia
das religiões de matrizes africana. Assim bem como os seus segredos. Os segredos
dos Tambores de Batá que é um elemento sagrado na cultura Yorubá, com rituais
religiosos para sua construção, preparação e iniciação daqueles que irão
tocá-lo. Os Batás sagrados são tratados como criaturas viventes, que devem ter
cuidados específicos e uma variedade de regras para o seu uso.
A
força espiritual contida no tambor e que o consagra e é chamado de “Ayan” ou
“Ayon” O Orisá do tambor. Para que alguém possa ser iniciado para Ayan e tocar o
Batá, deve cumprir rígidos rituais religiosos. No Brasil essa tradição
praticamente perdeu-se, mas foi mantida na Nigéria e Benin a Terra Yorubá e em
Cuba. O iniciado recebe a força espiritual necessária para tocar os tambores da
forma correta, para que estes possam “falar” com os Orisás, chamando-os para as
cerimônias a eles dedicadas. Ayan representa a expressão sonora das divindades;
e o símbolo do tambor que serve como depositário dos poderes divinos e ele é o
veiculo que Ihe da voz. A consagração de Ayan no tambor Batá e feita por meio de
ritual e elementos litúrgicos sagrados, que ficam dentro do tambor, que e selado
hermeticamente com as duas peles. Quando Ayan é fixado no tambor é chamado de
“Eleekoto”. O ritual de consagração inclui a pintura do tambor com a assinatura
de Sòngô. Eleekoto e representado por uma miniatura de tambor Batá que não pode
ser tocada, pois simboliza o “Ayan.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário