sábado, 6 de abril de 2013

orisa e vodun pouco cultuado no Brasil.

Orixás pouco cultuados
AAAJÁ : Está ligado à floresta, é aquela que ensina o uso das ervas.
ABÉ : É cultuado na Casa Grande das Almas das Minas, no Maranhão, é irmã gêmea de BADÉ, no Jêje é chamado de AGBÈ.
AFÉFÉ : Deusa dos ventos, Deusa Yorubá. Se relaciona com Oyá.
AFOMAN: Deus da varíola, responsável pelas epidemias.
AJÉ XALUGÃ : O escolhido de Olorum, representa riqueza e sucesso. Quando grande soma de dinheirotem que ser obtida é feito apelo à este Orixá.
AJÁ : É um Orixá que comenda o vento e possui uma força extraordinária. As pessoas desse Orixá fazem sacrifícios de animais e festejos separados dos demais.
AGEMÓ : É um tipo de Orixá comum entre Ijébû e Agoiwóye.
AZAMODÔ : Cultuado no Jêje. No seu dia é realizada uma grande festa (6 de Janeiro). Nessa festa, todos os iniciados devem usar roupa branca. As mulheres trazem na cabeça travessas e gamelas de barro repletas de frutas, que são colocadas nos pés das árvores correspondentes. Todos devem comer frutas. Não há sacrifício de animais.
APAOKÁ : Orixá que tem o seu corpo em forma de árvore, é o senhor da jaqueira. Segundo algumas lendas gerou Oxossi. È muito confundido com Irôko.
AXABÓ : Orixá feminino da família de Xangô, usa vestimentas nas cores vermelho e branco (podendo ser estampado). Usa sempre pano da costa. Traz na mão uma lira.
AÍZA : É o vodum da morte. O seu assentamento é enterrado o mais fundo possível, ou tapado com cimento, de forma que ninguém tenha acesso. Esta entidade também protege aqueles que trabalham no comércio, seu assentamento é fundamentado com sangue humano. Seu ferro é uma foice.
AFREKUETÊ : ou AWEREKUETÉ. Deus da abertura dos caminhos, divindade africana, cujo culto é mais freqüente no Jêje. Tem ligação com Kevioso.
AIDOVEDÔ : Pertence ao culto da Dã.
AKONKORÊ : È assentado na cajazeira sagrada. Cultuado na Casa Grande das Minas do Maranhão.
AKÔSSAPATÁ : No nosso culto corresponde a Sakpatá.
BAIANNI ou BANHANI : Tem ligação com Xangô. Suas vestimentas são parecidas com a de Xangô, traz também um adé de búzios, de modo que fica desproporcional com a cabeça do Iaô.
BADÉ : Ele é o filho de Sogbo. È considerado príncipe. Usa roupa colorida com predominância de branco e vermelho, usa também um gorro na cabeça.
BALUFON ou BALUFAN : deus inventor da tecelagem.
BOSSÚKO ou POSSÚ : Pertence a família chamada Dambirá, ligada à terra. É muito perigoso.
DOSÚ ou DOSÚPE : Pertence à família dos antepassados.
YAMI OXORONGÁ : É um Orixá terrível ao qual devemos o máximo de respeito. Sua representação na África é através de um pássaro africano. YAMI emite sons assustadores, de onde vem o seu nome. Ao se falar nesse Orixá deve-se fazer reverência. Como dona da barriga humana ela é terrível em suas cobranças. É considerada uma bruxa e um pássaro ao mesmo tempo, seu símbolo é uma coruja.

Iyami Oshorongá é o termo que designa as terríveis ajés, feiticeiras africanas, uma vez que ninguém as conhece por seus nomes. As Iyami representam o aspecto sombrio das coisas: a inveja, o ciúme, o poder pelo poder, a ambição, a fome, o caos o descontrole. No entanto, elas são capazes de realizar grandes feitos quando devidamente agradadas. Pode-se usar os ciúmes e a ambição das Iyami em favor próprio, embora não seja recomendável lidar com elas.

O poder de Iyami é atribuído às mulheres velhas, mas pensa-se que, em certos casos, ele pode pertencer igualmente a moças muito jovens, que o recebem como herança de sua mãe ou uma de suas avós. Uma mulher de qualquer idade poderia também adquiri-lo, voluntariamente ou sem que o saiba, depois de um trabalho feito por alguma Iyami empenhada em fazer proselitismo.

Existem também feiticeiros entre os homens, os oxô, porém seriam infinitamente menos virulentos e cruéis que as ajé (feiticeiras). Ao que se diz, ambos são capazes de matar, mas os primeiros jamais atacam membros de sua família, enquanto as segundas não hesitam em matar seus próprios filhos. As Iyami sao tenazes, vingativas e atacam em segredo. Dizer seu nome em voz alta é perigoso, pois elas ouvem e se aproximam pra ver quem fala delas, trazendo sua influência.

Iyami é freqüentemente denominada eleyé, dona do pássaro. O pássaro é o poder da feiticeira; é recebendo-o que ela se torna ajé. É ao mesmo tempo o espírito e o pássaro que vão fazer os trabalhos maléficos.

Durante as expedições do pássaro, o corpo da feiticeira permanece em casa, inerte na cama até o momento do retorno da ave. Para combater uma ajé, bastaria, ao que se diz, esfregar pimenta vermelha no corpo deitado e indefeso. Quando o espírito voltasse não poderia mais ocupar o corpo maculado por seu interdito.

Iyami possui uma cabaça e um pássaro. A coruja é um de seus pássaros. É este pássaro quem leva os feitiços até seus destinos. Ele é pássaro bonito e elegante, pousa suavemente nos tetos das casas, e é silencioso.

"Se ela diz que é pra matar, eles matam, se ela diz pra levar os intestinos de alguém, levarão".

Ela envia pesadelos, fraqueza nos corpos, doenças, dor de barriga, levam embora os olhos e os pulmões das pessoas, dá dores de cabeça e febre, não deixa que as mulheres engravidem e não deixa as grávidas darem à luz.

As Iyami costumam se reunir e beber juntas o sangue de suas vítimas. Toda Iyami deve levar uma vítima ou o sangue de uma pessoa à reunião das feiticeiras. Mas elas têm seus protegidos, e uma Iyami não pode atacar os protegidos de outra Iyami.

Iyami Oshorongá está sempre encolerizada e sempre pronta a desencadear sua ira contra os seres humanos. Está sempre irritada, seja ou não maltratada, esteja em companhia numerosa ou solitária, quer se fale bem ou mal dela, ou até mesmo que não se fale, deixando-a assim num esquecimento desprovido de glória. Tudo é pretexto para que Iyami se sinta ofendida.

Iyami é muito astuciosa; para justificar sua cólera, ela institui proibições. Não as dá a conhecer voluntariamente, pois assim poderá alegar que os homens as transgridem e poderá punir com rigor, mesmo que as proibições não sejam violadas. Iyami fica ofendida se alguém leva uma vida muito virtuosa, se alguém é muito feliz nos negócios e junta uma fortuna honesta, se uma pessoa é por demais bela ou agradável, se goza de muito boa saúde, se tem muitos filhos, e se essa pessoa não pensa em acalmar os sentimentos de ciúme dela com oferendas em segredo. É preciso muito cuidado com elas. E só Orunmilá consegue acalmá-la.

Fonte: As Senhoras do Pássaro da Noite

IYA : É uma Deusa cultuada pelos negros da nação Grunci. O assentamento dessa deusa é feito em um tanque, com conchas e caramujos, além de quartinhas de porcelana.
LISSA : É considerado Vodun pertence a família do raio.,
MAWU : Possui uma parte feminina e outra masculina, o seu par feminino é LISSA. Para alguns as duas partes são gêmeas, uma corresponde à Lua outra ao Sol, filhos de uma divindade suprema ANABIOLÁ.
POLIBOZI : Vodun cultuado na Casa Grande das Minas, no Maranhão, cujo pai é Sakpatá.
JOKÉN : Deuses jovens que servem de guias abrindo caminhos para outros Voduns mais velhos passarem. Cultuado no Jêje.
IMOLÉ : É uma entidade sobrenatural que representa os mortos e os ancestrais. São representados por pequenos montes de terra e é batendo a terra que devem ser invocados.
ONILÊ : É um irunmolé cultuado pelos sacerdotes de Eguns. É a primeira entidade a receber as oferendas nas obrigações.É uma entidade sobrenatural, pois representa os mortos e os ancestrais. Usa-se montículos de terra para representa-lo e é batendo ritualmente na terra que devem ser invocados os mortos.
YEBURU ou YE-BI-IRU : Mãe de todos os Orixás. É a mulher de Orumilá, cuja ligação concebeu Exu Elegbara.
YAMASE : É a mãe de Xangô, a esposa de Oranmian ou Araniyan.

2 comentários:

Anônimo disse...

ABÉ - vodun feminino do mar, na Casa Grande das Minas do Maranhão é tida como irmã gêmea de Badé. Quando baixa fala, sendo por isso lhe dado a função de toquem da Família de Quevioçô, cuja maioria dos membros são mudos. O fato de um vodun do mar estar relacionado aos voduns do raio antes de ser contraditório reforça a relevância deste templo religioso, já que o panteão do mar foi absorvido pelo panteão das tempestades em períodos remotos na África.

AFEFÉ - vento, geralmente significa o vento de tempestade que anuncia a chegada de Oyá (Inhasã), Orixá relacionado ao relâmpago.

AFOMAN - epíteto dado ao Orixá Omolu.

AJE SALUNGA - uma das filhas míticas do Orixá Olokum. É tida como a dona da riqueza, sendo representada através de diversos elementos marinhos, dos quais sobressaem duas grandes conchas, uma "macho" e outra "fêmea". Apesar de ser um orixá, não incorpora em ninguém. Segundo os mitos Aje Salunga é cega.

AJÁ - espírito da floresta representado pelos redemoinhos de vento repletos de folhas. Está intimamente relacionado ao Orixá Ossãe.

AGEMÓ - camaleão, animal sagrado dentro do culto aos Orixá Funfun.Também é tido como um orixá.

"Agemo era uma pessoa muito importante, que virou orixá. Conta a historia que ele envelheceu muito, e em vez de morrer foi para o mato e desapareceu. Até hoje é muito festejado na cidade de Ijebu, seu local de origem.
Tradicionalmente as mulheres e crianças não podiam sair à rua no dia da festa desse orixá, pois quem o encontrasse morreria. Até hoje existe esse costume. As mulheres fazem suas compras antes da festa, porque naquele dia não podem sair.
Se uma mulher de outra cidade encontrar o orixá, deve cobrir o rosto, e será perdoada. As mulheres da cidade, que desejarem fazer-lhe pedidos, também devem ir ao seu encontro com o rosto coberto. Acredita-se, entretanto, que se alguma mulher for ao seu encontro apenas por curiosidade, ela morrerá.
O chefe do culto de Agemo chama-se Nopa ou Ologà. Seus filhos sempre usam a cabeça raspada.
O orixá veste mariwo sobre uma roupa fina. Ele é arrumado no mato, num lugar a ele destinado chamado Agbo-Agemo, e vem direto para o palácio, abençoar o rei. Durante a festa ele sempre faz um ritual para acabar com algum problema grave da cidade, como doenças epidêmicas. Em caso de extrema necessidade ele vem à cidade mesmo sem ser o dia da festa.
Acredita-se que as pessoas que querem ver Agemo devem ficar de joelhos. A sombra do orixá
aparece no céu. As pessoas têm medo de chamá-lo ao vivo para conversar ou receber sua bênção. Além de Ijébu, esse orixá é festejado também em Musin, Odogbolu, Ago-Iwoye, Ode e outras cidades menores".
(extraído do blog Jornal Mojubá Efón)


Anônimo disse...

AZANADÔ - vodun de grande relevância no Brasil, estando intimamente vinculado a fundação de importantes templos seculares da Nação Jeje. Pesquisas sugerem que Azanadô seria a mesma divindade tutelar da Casa Grande das Minas (Querebentã de Zomadonu), Zomadonu.
Na Bahia, e em templos tradicionais Jeje da cidade do Rio de Janeiro, sua celebração ocorre no Dia de Reis, a qual recebe duas denominações diferentes: Festa das Frutas e Festa Branca.
Nesta ocasião lhe oferecem ritualisticamente muitas frutas, doces variados e diversas comidas brancas. Não há neste dia imolação de animais. Na Nação Mahi, Azanadô é assentado aos pés de uma paineira sacralizada.

APAOKÁ - divindade fitolátrica, cultuada no Brasil aos pés de uma jaqueira. Segundo a depoimentos deixados pela Yalorixá Olga do Alaketu (Olga Francisca Régis, Oyá Fumin), Apaoká seria Iyami Oxorongá.

"Em entrevista a pesquisadora Teresinha Bernardo, a Iyalorixá Olga do Alaketu comenta sobre o assentamento de Apaoká. O assentamento foi registrado por Carybé em (1980: 79) sob o nome de Oxorongá. A doçura e o afeto estão presentes no tratamento da Iyalorixá para com as divindades nomeadas de Santa da Barriga, “diferentemente do povo de santo que tem medo de Ia mi (...). Tanto é que a sacerdotisa tem Iapaocá assentada em seu terreiro e (...) está relacionada com os ovários, o útero, a gravidez, o aborto e todos os demais aspectos que constituem a singularidade feminina” (BERNADO, 2003: 131)."

No entanto, para outros sacerdotes, Apaoká seria uma das três Ajés cujos nomes são conhecidos.
Contudo a Iyalorixá esclarece que na verdade tratar-se-ia apenas de uma única Divindade, cuja denominação mudaria em função da árvore na qual irá ser cultuada.